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O grito de revolta de Rita Félix
29/09/2014 17:41 Rodrigo Cordoeiro
Rita Félix foi finalista vencida da Taça da FPG pelo segundo ano seguido / © FILIPE GUERRA

Chega à final da Taça da FPG e dá “resposta” depois de não ter sido convocada para Mundial

Foi uma Rita Félix emocionada a que ontem concluiu a sua prestação na Taça da Federação Portuguesa de Golfe no Montado Hotel & Golf Resort, perdendo na final para a jovem Joana Silveira, de apenas 14 anos, no quarto buraco do play-off, o 40º buraco visto que o jogo decisivo tinha 36 buracos regulamentares. 

Depois do golpe que foi para ela o não ter sido convocada para o Campeonato do Mundo por Equipas que se jogou neste mês no Japão, não é segredo que a jogadora do Estela Golf Club, campeã nacional absoluta em 2012, queria demonstrar na Taça da FPG que tal se tratou de uma "injustiça" por parte do treinador e seleccionador nacional, Nuno Campino. 

E que melhor maneira de o demonstrar do que eliminar duas das três jogadoras que representaram a selecção no Mundial, primeiro Leonor Bessa (Miramar), de 16 anos, nos quartos-de-final, depois Inês Barbosa (Quinta do Fojo), 15 anos, nas meias-finais… e depois quase ficando com a Taça numa final de alto nível com Joana Silveira, que havia batido nas meias-finais a bicampeã nacional Susana Ribeiro? 

“Queria mostrar que tinha lugar na equipa. Que o facto de estar a estudar não é motivo para não ser convocada, que o que conta são os rankings e os resultados. Sei que tem de se dar lugar aos mais jovens, mas o Campeonato do Mundo não é o lugar certo para se fazer isso”, comentou a propósito das convocatórias. 

Rita Félix, 20 anos, estudante de medicina, é a nº2 no Ranking Nacional BPI e a nº1 no Ranking Ouro do Circuito Liberty Seguros, no qual já venceu duas vezes esta época em três torneios realizados, e tem a experiência da participação no Campeonato do Mundo por Equipas em 2012 na Turquia. 

 “Acho que provei que tinha garra para ser uma das três da equipa”, continua. “Isso não passou despercebido aos olhos de quem viu e de quem sabe o que se passa. Não gostei da atitude, da maneira como as coisas se passaram. Houve falta de comunicação”, lamenta a “internacional” portuguesa. 

Em relação à sua prestação na Taça, não esconde a decepção por não ter vencido a Taça, o que teria sido perfeito. “Gostava muito, é a única que me falta”, confessa. Mas adianta que não ficou com qualquer sentimento de derrota, porque jogou bom golfe e não foi só ela. “Acho que mostrámos que o golfe feminino em Portugal também pode ter bom nível.”