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Pros portuguesas iniciam época com ambição
20/04/2017 08:16 HUGO RIBEIRO
Susana Ribeiro durante a sua actuação na época passada / © JORGE FIGUEIRA

Susana Ribeiro e Joana de Sá Pereira no 7.º Açores Ladies Open, no CG Ilha Terceira

Joana de Sá Pereira e Susana Ribeiro, as duas únicas portuguesas cotadas no ranking mundial feminino de golfe, irão estar juntas esta semana apenas pela segunda vez num torneio nacional, quando partirem na próxima sexta-feira para a 7ª edição do Açores Ladies Open. Será o início de época para qualquer uma delas no Ladies European Tour Access Series (LETAS). 

Trata-se do único torneio português a contar para o ranking mundial feminino e para o ranking olímpico. Este ano o seu total de prémios monetários elevou-se para 35 mil euros e regressa pela terceira vez ao Clube de Golfe da Ilha Terceira (CGIT), onde também se realizou em 2013 e 2015. 

E foi exatamente em 2015 que as duas portuguesas estiveram juntas pela primeira vez em Portugal. As memórias não foram as melhores, na medida em que falharam o cut. 

Em contrapartida, no ano passado, no palco em que o Açores Ladies Open nasceu, no Batalha Golf Course, na ilha de São Miguel, Susana Ribeiro estabeleceu um novo recorde nacional na prova, ao ser a primeira portuguesa a terminar no top-10, num 10º lugar partilhado com outras três jogadoras, ao totalizar 221 pancadas, 5 acima do Par, após voltas de 79, 70 e 72. 

É a melhor classificação de sempre de uma portuguesa no Açores Ladies Open mas em torneios do LETAS já houve melhor, dado que Joana de Sá Pereira foi 7ª no CreditGate24 Golf Series Hamburg Open (Alemanha) em 2015. 

As duas portuguesas sabem, por isso, que têm nível para lutar com as melhores da segunda divisão europeia feminina e estão dispostas a tornarem-se nas primeiras golfistas nacionais a passarem o cut no CGIT. 

"O Açores Ladies Open é o meu primeiro torneio do ano. Por isso, vou concertar -me nas rotinas e lutar pelo melhor lugar possível. Mas o meu sonho seria ganhar este torneio e sei que tenho capacidade para conseguir lutar por isso", disse a bicampeã nacional de profissionais, a 1031ª no ranking mundial. 

Há um ano, depois de consumado o seu inédito top-10 nos Açores, a profissional do Guardian Bom Sucesso Golf disse aos media: «É o meu melhor torneio de sempre no LETAS, aquele em que obtive a melhor classificação, com o melhor resultado. Claro que é ótimo bater recordes e ficar na história». 

Na semana passada, Susana Ribeiro participou no 1º Guardian Bom Sucesso Classic, um torneio internacional de 10 mil euros em prémios monetários, integrado no Portugal Pro Golf Tour, e não se saiu nada mal – foi 15ª empatada, a Par do campo, entre 34 jogadores, entre os quais um campeão de Major e jogador de Ryder Cup, o escocês Paul Lawrie. 

O Portugal Pro Golf Tour, para Susana Ribeiro, serve sobretudo de preparação para o LETAS e embora a bicampeã nacional de profissionais não tenha podido jogar o primeiro torneio do LETAS de 2017, o Terre Blanche Ladies Open, no mês passado, por a sua categoria não permitir-lhe a entrada direta, é com uma enorme motivação que parte para esta nova temporada: «Para este ano, o meu objetivo será conseguir o cartão do Ladies European Tour (LET) para 2018». 

Uma salutar ambição gigantesca, pois só o top-5 da Ordem de Mérito do LETAS no final de 2017 irá apurar-se para a primeira divisão europeia em 2018. 

O caso de Joana de Sá Pereira é bem diferente, na medida em que ainda não competiu este ano, pelo que o Açores Ladies Open será um teste ao seu estado de forma atual. 

"Durante a pré-temporada, neste inverno, trabalhei muito na minha preparação física e mental e fiz enormes progressos nesses departamentos. No que se refere ao golfe (técnica), tenho afinado todas as partes do swing com o meu treinador. Penso (cada vez) menos no meu swing, o que permite-me jogar mais descontraída. O meu swing progrediu muito e passei um nível mental no que se refere ao swing e à estratégia de jogo", assegurou a 965ª do ranking mundial.

Joana de Sá Pereira 

Joana de Sá Pereira reside em França, como Filipe Lima, e não tem vindo jogar torneios do PGA Portugal Tour ou do Portugal Pro Golf Tour, apesar de já ser sócia da PGA de Portugal desde o ano passado. 

A profissional do Golf Swing Institute prometeu participar este ano no Solverde Campeonato Nacional PGA, mas enquanto isso não se concretiza, irá jogar pela segunda vez na Terceira, as únicas vezes que soube o que é jogar em casa: «Estou muito contente de regressar aos Açores. Tenho boas memórias e é sempre bom voltar a jogar em casa». 

O Açores Ladies Open decorre este ano de 20 a 22 de abril, com o Pro-Am marcado para dia 19. 

O mais importante torneio feminino de golfe português é organizado e promovido pela Stream Plan, empresa que encerra nos seus quadros e em parcerias diretas uma vasta equipa com grande experiencia na organização de eventos desportivos (Volta a Portugal em Bicicleta, Volvo Ocean Race, Rali Dakar, Campeonatos do Mundo de Vela, Troféu de Portugal TP52, Lisbon Grand Prix Offshore, WCT Figueira Pro, etc.). 

Em golfe, alguns dos elementos da Stream Plan foram responsáveis ou colaboraram, para além das edições anteriores do Açores Ladies Open, na realização de mais de 30 eventos do European Tour, incluindo o Open de Portugal, Estoril Open, Madeira Islands Open e Brazil Open e ainda inúmeros eventos do European Challenge Tour, Ladies European Tour e European Seniors Tour. 

A organização do evento conta com o reconhecimento oficial da PGA de Portugal (associação nacional de profissionais de golfe) e da Federação Portuguesa de Golfe, organismo máximo do golfe nacional. 

A Secretaria Regional de Energia, Ambiente e Turismo dos Açores e o Turismo dos Açores têm estado presentes em todas as edições do Açores Ladies Open, aproveitando o seu forte mediatismo para divulgar os Açores como destino turístico de golfe e de natureza.