Brittany Lincicome destacou-se na liderança do LPGA Championship. Concorrência de luxo no encalço
E Britanny Lincicome apareceu ao segundo dia do Wegmans LPGA Championship, no Monroe Golf Club, em Pittsford, Nova Iorque. Há já algum que não a víamos a liderar, ainda para mais num torneio desta envergadura, o quarto dos cinco majors da época profissional feminina.
Depois das 67 pancadas do primeiro dia, a norte-americana fez um 68 para assumir o comando com 135, 9 abaixo do par-72, o que lhe deu três pancadas de vantagem sobre um duo de luxo composto pela detentora do título e nº3 mundial, Inbee Park (72-66), e pela nº6 mundial Lexi Thompson (66-72), vencedora este ano do Kraft Nabisco Championship, o primeiro major do ano.
Mas a concorrência não se fica por aqui. No trio de quartas classificadas, com 135 (-5), surge a nº2 mundial Lydia Ko (70-69), empatada com Jane Park (70-69) e com Meena Lee (66-73), que na véspera partilhava o comando com Lexi Thompson.
A melhor volta do dia pertenceu à paraguaia Julieta Granada, com 65, para partilhar a sétima posição com a nº4 mundial Suzann Pettersen (71-69), a nº7 mundial Shanshan Feng (68-72), Beatriz Recari (70-70), Mirim Lee (69-71) e Jennifer Johnson (70-70).
Actualmente na 61ª posição do ranking mundial, Britanny Lincicome, de 28 anos, já possui um major no seu palmarés, o Kraft Nabisco Championship de 2009. Mas, embora some cinco vitórias no LPGA Tour, a última remonta a 2011. Em 2013, jogou 26 torneios, passou o cut em 16 e obteve três top 10’s. Este ano o melhor que conseguira fora um décimo lugar no Airbus LPGA Classic.
“Tem sido incrível”, disse Lincicome a propósito das suas duas primeiras voltas. “Há já algum tempo que não me encontro nesta situação, é muito excitante sempre que jogamos abaixo do par, sobretudo num major. Sinto que este ano tenho estado a fazer boas coisas, a bater bem a ‘patar’ bem, a ‘chipar’ bem, simplesmente, não tudo junto no mesmo dia”, justificou.
Na segunda volta, Lincicome fez três birdies, um bogey e um eagle no 14 para conseguir a liderança após a segunda volta pela primeira vez desde o Sybase Classic de 2009. É também a primeira vez que a jogadora natural da San Petersburg, na Florida, lidera um major aos 36 buracos.
Questionada sobre se o forte grupo de jogadoras que segue no seu encalço iria alterar o seu plano de jogo para sábado, Lincicome respondeu: “Não, vou continuar a tentar fazer o máximo número de birdies consecutivos. Tendo Inbee, Lexi ou Lydia logo atrás, não interessa a vantagem que temos no comando, preciso apenas de manter o mesmo lano deo jogo e tirar partido dos par-5 para ver se consigo manter-me à frente delas.”
Lexi Thompson, de 19 anos, não tenciona tirar o pé do acelerador. “Não tenho nada a perder. Bati o driver em todos os buracos, e espero que os ferros estejam à altura como estiveram ontem [quinta-feira, no primeiro dia].”
E Inbee Park, vencedora, em 2013, dos primeiros três majors da época, sente que este pode ser um ponto de viragem na presente temporada, depois de ter sido quarta classificada no British Open e segunda na semana passada em Grand Rapids: “Estive perto nos últimos dois torneios, por isso sinto que alguma coisa está ali ao virar da esquina. Espero que seja esta semana, num major. Seria fantástico.”
Atenção a Lydia Ko, de 17 anos, que pode fazer mais história: um eventual triunfo no domingo torná-la-ia na mais jovem de sempre a vencer um major – e isto tanto no golfe feminino como no masculino.
Em nota baixa estiveram a nº1 mundial Stacy Lewis, que ocupa a 33ª posição, com 71-73; e Paula Creamer, que falhou o seu primeiro cut em majors desde que se tornou profissional em 2004. Quebrou assim uma série de 39 cuts consecutivos no Grand Slam, marca que supera o anterior recorde que pertencia a Tiger Woods, com 37 cuts. Creamer não pôde contar com o seu caddie de sempre, Colin Cann, que foi hospitalizado com dores nas costas. E fez 73-77, 6 acima do par, sendo que o cut fixou-se em +2.