Sueca Jenny Haglund vence sexta edição da prova no Batalha Golf Course, São Miguel
Houve ontem (Domingo) uma chuva de recordes nacionais e internacionais no Açores Ladies Open e Susana Ribeiro foi responsável por alguns deles, ao terminar o torneio de 30 mil euros em prémios monetários no 10º lugar (a melhor classificação de sempre de uma portuguesa na prova), com o resultado agregado de 5 pancadas acima do Par (o melhor resultado de sempre de uma golfista lusa no evento), um dia depois de ter conseguido a melhor volta portuguesa das seis edições da competição (2 abaixo do Par).
Para ajudar ao sucesso do mais importante torneio feminino português, o único integrado no Ladies European Tour Access Series (LETAS), a segunda divisão europeia, houve também máximos internacionais. Com efeito, as 5 pancadas abaixo do Par da sueca Jenny Haglund foram o melhor resultado de sempre de uma campeã no Açores Ladies Open, e o seu cartão de hoje de 64 (-8) é o melhor resultado de sempre de uma jogadora no Batalha Golf Course, em São Miguel. Este 64 (-8) só não pode ser homologado como recorde do campo «por se ter jogado com regras de inverno», como explicou o diretor de torneio, João Paulo Pinto.
Susana Ribeiro totalizou 221 pancadas, 5 acima do Par, com voltas de 79, 70 e 72, para um prémio de 854,25 euros (o seu 10º lugar foi partilhado com outras três jogadoras), fazendo com que tenha entrado pela primeira vez no top-100 da Ordem de Mérito desta segunda divisão europeia, subindo de 145ª para 90ª.
«É o meu melhor torneio de sempre no LETAS, aquele em que obtive a melhor classificação, com o melhor resultado. Claro que é ótimo bater recordes e ficar na história, mas, sinceramente, quando estou a jogar não penso muito nisso, vou mais focada no meu jogo. Aliás, nem me lembrava qual era a melhor classificação de uma portuguesa, pensava que era um 12º lugar, mas concentro-me mais no meu jogo e no fim é que se vêm esses recordes», disse a profissional do Guardian Bom Sucesso Golf, que superou o 16º lugar da amadora Leonor Bessa em 2104, neste mesmo campo, então com 13 pancadas acima do Par.
As atenções de Susana Ribeiro viram-se agora para a Primeira Fase (Pre Qualifier A) da Escola de Qualificação do Ladies European Tour, a primeira divisão europeia, marcada para 16 a 19 de novembro, em Marrocos. Antes disso, é possível que jogue alguns torneios dos circuitos profissionais português (PGA Portugal Tour) e espanhol (Santander Golf Tour).
O 6º Açores Ladies Open foi conquistado por uma jovem promessa do golfe mundial, a sueca Jenny Haglund, de 23 anos, que só este ano se tornou profissional e que, poucas semanas depois, em agosto, conquistou o seu primeiro título do LETAS, em casa, na Suécia, no Norrporten Ladies Open. Depois disso, foi 2ª no Ladies Norwegian Open, também em agosto, e hoje, graças ao seu segundo troféu, que lhe valeu 4.845 euros de prémio, subiu ao 2º lugar no ranking (Ordem de Mérito) do LETAS, só atrás de Sarah Schober, a austríaca que terminou em 7º (+2) no Açores Ladies Open.
«A minha carreira no circuito universitário norte-americano não foi grande coisa, estudei quatro anos em Dallas, e quando vim para este circuito LETAS os meus objetivos eram mais modestos, queria terminar a época no top-20. Mas agora, vejo-me no top-5, as coisas estão a correr-me muito melhor do que eu esperava e estou mesmo feliz por ter reencontrado o meu jogo», disse a nova campeã, num inglês quase perfeito de sotaque americano, que se referiu ao top-5 porque, no final da época, serão essas jogadoras a subir à primeira divisão europeia, o Ladies European Tour (LET).
Jenny Haglund ganhou hoje com uma vantagem esmagadora de 5 pancadas sobre três jogadoras empatadas no 2º lugar, com 216 pancadas (Par), que receberam 2.318 euros cada uma: a húngara Csilla Rozsa (73+72+71), que era a líder no final da segunda volta; a francesa Astrid de Pradenne (72+74+70) e a holandesa Joyce Chong (76+70+70).
Jenny Haglund, a campeã
A cerimónia de entrega de prémios contou com as presenças de Manuel Rosa Nunes (secretário Regional da Energia), Diana Valadão (Ilhas de Valor SA), Isabel Barata (Azores Airlines), Pilar Melo Antunes (Azores Golf Islands), João Paulo Pinto (LETAS) e José Carmona Santos (Stream Plan).
Na entrega de prémios
Diana Valadão, da Administração da empresa que gere os três campos de golfe das ilhas de São Miguel e Terceira, disse que «a estratégia de apostar em eventos como o Açores Ladies Open tem-se mostrado acertada e a Ilhas de Valor SA tem desempenhado um papel relevante na promoção do produto turístico golfe. O Açores Ladies Open disputa-se em regime alternado em dois dos três campos de golfe sob nossa gestão e tornou-se num veículo importante na divulgação internacional e nacional da qualidade desses mesmos campos».
O mais importante torneio feminino português e o segundo mais relevante do calendário nacional, logo depois do Portugal Masters, tem o alto patrocínio do Governo Regional dos Açores. O promotor nacional é a Stream Plan, empresa que encerra nos seus quadros e em parcerias diretas uma vasta equipa com grande experiencia na organização de eventos desportivos (Volta a Portugal em Bicicleta, Volvo Ocean Race, Rali Dakar, Campeonatos do Mundo de Vela, Troféu de Portugal TP52, Lisbon Grand Prix Offshore, WCT Figueira Pro, etc.). Em golfe, alguns dos seus elementos foram responsáveis ou colaboraram, para além das edições anteriores do Açores Ladies Open, na realização de mais de 30 eventos do European Tour, incluindo o Open de Portugal, Estoril Open, Madeira Islands Open e Brazil Open e ainda inúmeros eventos do European Challenge Tour, Ladies European Tour e European Seniors Tour.
A organização do evento está ainda a cabo da Azores Golf Islands / Ilhas de Valor – entidade que tem acompanhado a promoção e organização do evento desde a sua origem, contando também com o reconhecimento oficial da PGA de Portugal (associação nacional de profissionais de golfe) e da Federação Portuguesa de Golfe, organismo máximo do golfe nacional. O 6º Açores Ladies Open conta ainda com os apoios da SATA e Azores Airlines, Vista Alegre, Panazorica e Murganheira.