E se convencêssemos os nossos amigos de que o almoço é muito melhor depois do golfe?
Esta é a conta que tem que ser feita. Traz um amigo e o teu amigo que traga outro amigo. O sistema tem que ser o do “passa-palavra”, mas com algum convencimento e paciência. Aliás, foi assim que a maioria das pessoas que eu conheço, começou. Operações de charme nas empresas e eventos com figuras públicas já foi chão que deu uva e os resultados são os do costume, ou seja, aumento do número de jogadores praticamente nulo. Ir às escolas e os miúdos passarem umas horas no driving range, sensibiliza mas não chega. Não há seguimento. Nunca houve.
Estou a falar com conhecimento de causa, porque dei muitas aulas de grupo a empresas, as chamadas "clínicas" e também a escolas, nomeadamente durante um período de 5 anos através do Desporto Escolar. Quantos é que ficaram? Que eu me lembre neste momento, apenas um.
Não me venham com crises. Há quantos anos estamos em crise? Há 3, 5, 40, 100 anos? Os jogadores de golfe em Portugal não são todos ricos, nem nada que se pareça. São jogadores de todas as classes sociais e económicas, apenas com um denominador comum: "gostam de jogar golfe". Não há cultura de praticar desporto em Portugal, muito menos uma modalidade como a "nossa", que é sempre conectada como: cara, para velhos e que se demora muito tempo..
Cara – está ao nível de qualquer ginásio e estes estão cheios.
Para velhos – tenho alunos "velhos" de 5 anos e "jovens" de 85 (não há idade para começar).
Demora-se muito tempo – se tem pressa jogue apenas 9 buracos. Qual é o problema? Quando chegar a casa ainda estão todos a dormir.
O problema é que o desporto nacional número 1 por natureza é o almoço. É uma luta desleal 10 milhões de almoçadeiros vs. 13 mil golfistas!
E se convencêssemos os nossos amigos que o almoço é muito melhor depois de uma bela partida de golfe? E os buracos que se jogam – 1, 6, 9, 12 ou 18 – não têm importância nenhuma.
O que é preciso é convencê-los!!
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Profissional de golfe
