A Fundação Portuguesa de Cardiologia escolheu a modalidade como atividade de eleição
O exercício físico tem um valor enorme na promoção da saúde e na prevenção da doença, em particular das doenças cardiovasculares.
A atividade física regular ajuda a controlar o peso, aumenta a saúde do aparelho cardiovascular, dos pulmões e do aparelho músculo-esquelético. Está mesmo provado que a atividade física aumenta a longevidade e melhora o estado de espírito. Costuma mesmo dizer-se que se os benefícios do exercício pudessem ser incluídos num comprimido, seria, certamente, o medicamento mais vendido de todos os tempos.
No entanto, os portugueses são o povo da União Europeia que se destaca em todos os inquéritos por ser aquele que menos atividade física pratica, talvez porque ainda não compreendeu a forte relação que existe entre o exercício e a saúde e bem-estar. Os nossos avós não frequentavam ginásios, nem faziam marchas diárias nos tempos livres, mas tinham uma vida ativa preenchida pelas atividades diárias da sua profissão, em que, nomeadamente, os trabalhos agrícolas exigiam o desenvolvimento de esforço físico considerável.
O progresso tecnológico, com o advento da automação, do computador e dos transportes, mudou o estilo de vida das populações, que se tornaram sedentárias e passaram a trabalhar sentadas a uma secretária. A maior parte dos próprios tempos livres dos jovens são passados à frente do computador ou da televisão.
A Fundação Portuguesa de Cardiologia escolheu o golfe como uma das atividades que estrategicamente pode compensar os inconvenientes da vida sedentária que hoje faz parte do estilo de vida pouco saudável da maior parte da população portuguesa. O golfe, embora não sendo um desporto violento, exige um esforço significativo que melhora a saúde dos seus praticantes, tendo ainda a vantagem de poder ser mantido mesmo até idades avançadas.
Como palavras de precaução, aconselhamos que todos os praticantes façam sempre um aquecimento antes de iniciar o jogo, que inclua alguns exercícios aeróbicos e de flexibilidade. Por outro lado, convém estar atento aos riscos da desidratação e dos golpes de sol, nomeadamente, bebendo bastante água e protegendo adequadamente a cabeça.
Os meus votos, em nome da Fundação Portuguesa de Cardiologia, são que continue a praticar regularmente o golfe como forma de se manter mais saudável e com melhor qualidade de vida.
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*Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia