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O desafio de 2019
Crónica
21/11/2018 10:44 Ana Paula Saúde
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Aproveitemos as novas Regras para modernizar o nosso Golfe e regular os excessos dos intervenientes

Quando no século passado me iniciei neste apaixonante Jogo, num dos primeiros torneios em que participei grassava um belo temporal na zona Oeste e, no actual buraco 4 do Golfe da Praia D’El Rey, entre o fraco domínio da técnica e uns óculos encharcados executei um belíssimo fresh air (terá havido outros mas este foi o mais marcante!).

Chegada ao green o meu Marcador com ar sabedor e paternal de pronto me informa que além de contar a pancada que dei na atmosfera teria que acrescer ao resultado duas pancadas de penalidade. Novata no ramo, rapidamente somei toda aquela “pancadaria” enquanto ia, a sentimento, duvidando da rigidez das leis que regiam a modalidade e do conhecimento que destas teria o vulgar praticante.

Obviamente que a questão foi tema do reconfortante almoço que se seguiu e rapidamente ficou esclarecido que eu não era a única ignorante em regras que andava por ali à chuva.

Nunca esqueci este episódio porque a ele devo a decisão imediata de estudar as regras do Jogo de forma a não mais me deixar enganar tão facilmente.

Não sou de todo especialista em regras mas ando tranquila pelos campos de golfe, sei o suficiente para jogar o Jogo de uma forma leal e justa e ter a consciência de quando tenho de  recorrer ao livro de regras ou a quem sabe.

Sei? Não! Sabia…

No próximo dia 1 de Janeiro as Regras do Jogo terão sido substancialmente alteradas e mais uma vez estamos todos, jogadores, clubes, organizadores, campos, árbitros, associações, federações a ser chamados a renovar os conhecimentos e sobretudo o approach às situações em campo.

As Comissões Técnicas dos Clubes têm por estes dias muito trabalho pela frente, pois é fundamental o seu papel na divulgação das alterações pelos seus sócios, no esclarecimento de dúvidas que serão muitas, na administração de regras, reformulação de regras locais e, sobretudo, na criação de um novo instrumento – o Código de Conduta – que, bem utilizado, pode ser fundamental.

Espero sinceramente que aproveitemos esta oportunidade para modernizar o nosso Golfe, regular os excessos dos intervenientes, torná-lo mais simples, rápido, agradável e sobretudo que todos os Agentes consigam dar uma resposta a esta mudança à altura da que foi dada em 2000 aquando da introdução de um novo sistema de handicaps em que os clubes e os seus carolas foram os maiores obreiros de uma adaptação que, apesar de tudo, decorreu de forma notável. Sob orientação da FPG obviamente, mas que sem o empreendedorismo daqueles não teria sido tão bem sucedida.

E por mim, antevendo que personagens como os daquele temporal vão ser neste inverno mais que míscaros pelos campos de golfe, já estou de volta das regras para me precaver!

 

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Membro da Associação Portuguesa de Seniores de Golfe Senhoras

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