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Turismo de Golfe – Atrair pela notoriedade
Crónica
08/05/2018 13:07 Mário Azevedo Ferreira

Despertar o desejo de jogar os nossos campos é o objetivo que nos leva a investir na organização do Open de Portugal  

Os praticantes de golfe inscritos na FPG, Federação Portuguesa de Golfe, são cerca de 15,000; com os estrangeiros residentes, admitamos que haverá 20,000 jogadores a utilizarem os cerca de 90 campos em Portugal, dos quais mais de 40 só no Algarve.

Os turistas de golfe são, portanto, fundamentais para os campos de golfe; estes provêm maioritariamente do Norte da Europa, com relevo para o Reino Unido.

Se a indústria de golfe tivesse que contar apenas com os praticantes residentes, não se teria desenvolvido ao ponto em que se encontra hoje. Dos vários estudos realizados, e apenas no Algarve, esta indústria representa mais de 500 milhões de euros de volume de negócios, emprega cerca de 38,000 pessoas, impacta diretamente múltiplas atividades conexas e contribui fortemente para a redução da sazonalidade.

O Turismo de Golfe é um negócio complexo, muito especializado e multifacetado. Implica transporte aéreo, transferes, rent-a-car, alojamento, campos de golfe, restaurantes e bares e entretenimento. São operadores turísticos especializados em golfe que organizam as viagens e montam os pacotes completos, e cada mercado é diferente na tipologia de clientes e na forma de distribuir.

Mas, o que determina a escolha do destino por parte dos golfistas?

Essencialmente, a imagem que o destino transmite em várias vertentes; clima, qualidade dos campos, a logística da viagem, notoriedade e… o preço.

Ao longo dos anos, Portugal e o Algarve em particular, construiram uma imagem sólida como destino de golfe. Temos tudo o que é preciso – bom clima, excelentes campos, transporte aéreo, logística de transportes terrestres, gastronomia, entretenimento… mas não somos baratos.

O nosso principal concorrente é a Espanha; mas a Tunísia, Marrocos e sobretudo a Turquia, têm vindo a investir neste segmento como forma de angariar turismo em época baixa. A Turquia tem excelentes campos e hotéis, subsidia o transporte aéreo – pode fazê-lo, não é membro da EU… -, investe forte na promoção, organiza vários torneios internacionais de enorme prestígio e é neste momento o destino mais barato, e com maior taxa de crescimento.

Para mantermos, pelo menos, a nossa quota de mercado sem reduzir preços temos assim que apostar na notoriedade. E investir na promoção, entre outras coisas, receber torneios internacionais.

Se há algo que os golfistas apreciam, é jogar em campos Championship, ou seja, que recebem torneios internacionais.

É neste contexto, de enorme e aguerrida concorrência entre destinos, que a NAU Hotels & Resorts tem vindo a posicionar os seus três campos de golfe no Algarve – Salgados, Álamos e Morgado – no panorama das competições nacionais e internacionais de golfe.

Despertar o desejo de jogar os nossos campos, pelo facto de estes serem palco de competições de prestígio, é o objetivo principal que nos leva a investir na organização, juntamente com a FPG e a PGA Portugal, do Open de Portugal no Morgado Golf Resort.

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 *Mário Azevedo Ferreira, CEO, NAU Hotels & Resorts

** Crónica publicada originalmente no suplemento Golfe do jornal Público de 7 de Maio

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