Australiano arrefece entusiasmo em torno do regresso do golfe ao evento em 2016, no Rio de Janeiro

O golfe vai regressar aos Jogos Olímpicos em 2016 no Rio de Janeiro, mas nem todos os golfistas estão entusiasmados com a possibilidade de participarem no maior evento desportivo do planeta. Para Adam Scott, deveriam ser os amadores a ter esse privilégio e não os profissionais, uma ideia já avançada por Boo Weekley. 

“As pessoas vêem-nos jogar 45 semanas por ano. Se querem mesmo que o golfe cresça, os Jogos Olímpicos devia ser para os amadores”, disse Scott, no jantar oficial que antecedeu o início do Australian PGA. 

Por outro lado, Scott tem esperanças em integrar o field de 60 jogadores nos Jogos do Rio de Janeiro, mas o seu foco está nas provas do Grand Slam. “O Rio não é uma coisa em que tenha pensado muito, mas é algo em que desejo tomar parte. Não vou mudar o meu foco, que será nos quatro majors”, disse o golfista australiano, actual número 3 no ranking mundial. 

As declarações de Scott contrariam a ideia de que os melhores golfistas do planeta estariam interessados em competir nos Jogos Olímpicos, que vai regressar ao programa olímpico após 112 anos de ausência. 

A qualificação para o torneio olímpico será feita com base nos Official World Golf Ranking (homens) e Rolex Rankings (senhoras) mas deverá levar algum tempo a que o desejo de conquistar uma medalha de ouro seja semelhante ao de triunfar num dos quatro majors. 

“Os Jogos Olímpicos não serão a minha prioridade. Prefiro ver os tipos a correr depressa”, reforçou Scott.