Francisco Costa Matos partilha comando do Açores PGA Open com Tiago Cruz
O campeão nacional, Tiago Cruz, e o amador açoriano que deseja tornar-se profissional, Francisco Costa Matos, partilham a liderança da 3ª edição do Açores PGA Open, o torneio de 6 mil euros em prémios monetários, que a PGA de Portugal organiza no Batalha Golf Course, em São Miguel, com o patrocínio da Associação de Turismo dos Açores e o apoio da Azores Golf Islands.
Com 70 pancadas, 2 abaixo do Par, Cruz e Costa Matos foram os únicos dos 17 participantes a bater o Par-72 dos percursos A e B, os mesmos que eram usados no SATA Azores Open, no Azores Senior Open e na Final do EuroPro Tour, enquanto o Azores Ladies Open tem optado por usar os percursos C e A. A dupla de líderes é perseguida a 2 pancadas por Pedro Figueiredo e Miguel Gaspar.
No ano passado, Costa Matos, já tinha dado nas vistas neste Açores PGA Open, terminando empatado no 8º lugar, mas as suas voltas de 77 e 79 não são comparáveis com as 70 de hoje, que o mesmo reconhece terem sido um “recorde pessoal em competições neste campo a sair das marcas brancas”.
E se Tiago Cruz está na luta pelo seu 3º título da época, depois das vitórias no Open da Ilha Terceira e no Campeonato Nacional, já Francisco Costa Matos sente a pressão de estar em pleno “Playability Test”. Trata-se do exame prático que a PGA de Portugal exige aos amadores que desejem tornar-se profissionais.
Em termos teóricos, o jogador do VerdeGolf Country Club, tem vindo a fazer o que é necessário – frequentar o Nível-1 do Curso de Formação de Treinadores da Federação Portuguesa de Golfe e da PGA de Portugal, que tem ainda um contributo da Faculdade de Motricidade Humana de Lisboa.
Costa Matos tem a vantagem de já se ter licenciado «em Educação Física na Universidade Lusófona» e de estar neste momento a elaborar «a tese de mestrado. Mas por muitas competências teóricas que um candidato reúna, a associação dos golfistas profissionais portugueses exige mais. É preciso provar em campo que se tem um nível de jogo aceitável e é esse o teste a que está a ser sujeito hoje e amanhã o melhor açoriano do torneio.
“O meu objetivo era não fazer mais do que 6 acima ou 8 acima do Par no final dos dois dias», explica Costa Matos que tem vindo «a preparar desde o início do ano, com o treinador André Medeiros, a participação neste torneio”, disse Costa Matos.
E acrescentou: “Sinto-me confiante no meu jogo, joguei bem na Taça da FPG, é claro que ainda não tenho a qualidade dos nossos melhores jogadores de topo, mas gosto de competir com eles. Hoje estava só preocupado em não fazer mais de 76 pancadas e, afinal, estou na liderança, o que me deixa espantado, mas é bom, quer dizer que estou no bom caminho. Como se diz no futebol, estamos no intervalo e vamos ver como corre amanhã.”
Ainda com boas hipóteses de lutarem amanhã pelo título estão mais três jogadores: o vencedor das duas primeiras edições da prova, Hugo Santos, a 3 shots dos líderes; e Gonçalo Pinto e Artur Freitas (este o melhor profissional açoriano), a 4 shots.