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António Rosado nº1 sem prémio no IGT Pro Tour
21/12/2014 14:44 GOLFTATTOO
António Rosado foi o melhor jogador no IGT Pro Tour 2014 / © GETTY IMAGES

Venceu ordem de mérito em circuito satélite sul-africano mas nada recebeu

António Rosado foi o incontestável vencedor da ordem de mérito do IGT Pro Tour, circuito satélite sul-africano. Em 30 torneios realizados em 2014, venceu 5 e totalizou 80.105 rands em prémios monetários (5.633 euros), mas nada recebeu por ter sido o número 1 da época. “Normalmente, o vencedor da Ordem de Mérito ganha um prémio, mas até ao momento não foi dado nada”, disse em declarações ao jornal “Record”. 

Mas Rosado não sai da época de mãos a abanar. Afinal, os 5 primeiros na ordem de mérito têm a inscrição paga para jogar na Escola de Qualificação do Sunshine Tour, o principal circuito da África do Sul, agendada para de 21 e 25 de Janeiro no Bloemfontein Golf Club. Bloemfontein, capital da província do Estado Livre, é a sexta maior cidade do país e uma das suas três capitais, juntamente com Pretória e a Cidade do Cabo. 

A carreira golfística de António Rosado na África do Sul, país de nascimento de dois dos melhores golfistas portugueses de todos os tempos (David e Daniel Silva, este campeão no European Tour), começou este ano. O algarvio não estava a gostar do curso da sua carreira e decidiu ir passar uns tempos com a namorada, residente na África do Sul. Aí, inscreveu-se no secundário IGT Pro Tour, no qual se cotou como figura de proa. 

Criado em Vilamoura, António Rosado destacou-se ainda jovem e chegou a campeão nacional de profissionais em 2009. Mas nunca conseguiu o cartão do European Tour, nem através da Escola de Qualificação, nem através dos resultados nos torneios portugueses em que participou – várias edições do Portugal Masters, do Open de Portugal e do Madeira Islands Open –, pelo que a sua carreira foi caindo num impasse. E, apesar dos vários triunfos no caseiro PGA Portugal, entretanto reativado, o sucesso não foi suficiente para o dissuadir de ir passar uma temporada na África do Sul, na companhia da namorada, a luso-sul-africana Rita Correia Capelinha. 

“Vim com a intenção de melhorar a minha vida. As coisas não estavam a correr como esperado e decidi arriscar”, conta ao jornal “O Jogo”. “O Manny da Silva, sócio do CG Vilamoura, pôs-me entretanto em contacto com algumas pessoas e eu fui jogar com elas. No fim, pedi-lhes um apoio. Reuniram-se e, em vinte minutos, tomaram a decisão de ajudar-me com todos os custos dos torneios. Foi quanto bastou. O resto, havia que fazê-lo em campo.” 

E “Tó” fê-lo, de facto. O desafio que se segue é o de tentar entrar no forte Sunshine Tour, que tem várias provas conjuntas com o European Tour