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António Rosado no Sunshine Tour
19/03/2017 17:35 HUGO RIBEIRO/FPG
Fotografia publicada pelo Sunshine Tour no Facebook (os 30 apurados)

Profissional dos Red Skins conquista uma vez mais cartão do circuito sul-africano

António Rosado assinou hoje (sexta-feira) uma proeza única na história do golfe nacional, ao passar a Escola de Qualificação do Sunshine Tour pelo terceiro ano consecutivo.

O profissional dos Red Skins entregou um quinto e último cartão de 71 pancadas, 1 abaixo do Par, para concluir este autêntico teste de resistência no grupo dos 22º classificados, com 353 pancadas, 7 abaixo do Par. Nos dias anteriores tinha feito voltas de 71, 69, 69 e 73, ou seja, em cinco voltas ao Randpark Golf Club, quatro foram abaixo do Par.

A última volta não começou fácil, porque Tó Rosado estava apenas com 2 pancadas de vantagem em relação ao cut do top-30 (que se apurou para a primeira divisão sul-africana) e logo no buraco 1 sofreu 1 bogey.

Poderia ter-se deixado dominar pelos nervos, mas reagiu bem, com birdies no 3 e no 4, para voltar a dispor de algum conforto. A partir daí preocupou-se em ser consistente, jogou os últimos 14 buracos a Par do campo e apurou-se sem problemas para a temporada de 2017/2018, uma vez que o cut do top-30 fixou-se em -5.

“Foram cinco dias difíceis. Nos três primeiros joguei bem. O quarto foi um desastre… acho que só acertei 3 greens em regulação e 1 pancada acima do Par foi um grande resultado pela maneira como bati na bola. Já hoje joguei bastante bem, acertei 17 greens em regulação e o único que falhei foi no primeiro buraco e só porque fiquei encostado a uma árvore e tive de jogar para trás. O meu resultado só não foi melhor porque o putt não queria entrar”, analisou Tó Rosado ao Gabinete de Imprensa da FPG.

O campeão nacional de 2009 tinha perdido há um mês o cartão para o quarto circuito profissional mais importante do Mundo (depois do PGA Tour, European Tour e Asian Tour), mas sabia que tinha hipóteses de repetir o sucesso na Escola que já tinha alcançado nas duas épocas anteriores.

“Foi um torneio cansativo a nível físico e emocional ou psicológico (…), e é bom ter o cartão novamente. Agora tenho de procurar patrocínios e esperar que as coisas corram melhor fora de campo este ano”, acrescentou o português de 32 anos.

A menção ao “fora de campo”, já se sabe, é uma referência à corajosa luta contra o cancro da sua mulher Rita e ela tem sido uma enorme apoiante da carreira do marido, mesmo nos momentos mais complicados.

Tó Rosado tem-na acompanhado em todo o processo de altos e baixos, colocou a carreira em segundo plano (como explicou no ano passado ao site oficial do Sunshine Tour) e essa é uma das razões que tem-no levado a não competir tanto ou a não concentrar-se tanto quando por vezes é necessário para manter o cartão no Sunshine Tour.

António Rosado, que reside na África do Sul desde 2013, embolsou 2.130 rands, uma verba que nem chega a 200 euros (atenção ao nível de vida bem mais baixo na África do Sul em comparação com a Europa), mas o importante é poder disputar uma terceira época no Sunshine Tour, depois de em 2014 ter sido o nº1 do IGT Pro Tour, um circuito satélite sul-africano.

Recorde-se que Stephen Ferreira, um português do Zimbabué, garantiu o cartão para a época de 2017/2018, ao terminar a época anterior no top-100 da Ordem de Mérito do Sunshine Tour.

O sul-africano Herman Loubser venceu a Final da Escola com 340 (68+66+71+66+69), -20.