Pedro Figueiredo e Ricardo Melo Gouveia voltam a passar juntos o cut no Portugal Masters
Pedro Figueiredo costuma ficar em casa de Ricardo Melo Gouveia no Algarve sempre que se joga o Portugal Masters no Oceânico Victoria, em Vilamoura. São grandes amigos desde crianças. E hoje voltaram a passar juntos o cut na oitava edição da prova máxima do golfe nacional, tal como havia sucedido em 2012, quando ainda eram amadores e estavam a estudar e a jogar golfe universitário nos Estados Unidos.
“Figgy” foi o primeiro a garantir a presença, amanhã, na terceira e última volta do torneio. Já tinha jogado ontem 13 buracos da segunda volta, hoje de manhã cedo concluiu os últimos cinco e estava com um total agregado de 8 abaixo do par antes de fazer um duplo bogey no 18 (par-4), metendo a bola na água no shot ao green.
“Por um lado, estou desolado porque sinto que estou a jogar mesmo muito bem, talvez ainda melhor do que o resultado mostra, e acabar com um duplo nunca é fácil. Mas, por outro lado, estou satisfeito, porque é a primeira vez que passo um cut como profissional no Portugal Masters. Sinto que estou a jogar bem e preparado para um bom dia amanhã”, disse Figueiredo.
Somando 136 (67-69), 6 abaixo do par-71, Figueiredo faz parte do lote dos 30ºs classificados, sendo que o cut ficou fixado em 139 (-3). E 139 pancadas foi o total registado por Ricardo Melo Gouveia (70-69) para seguir em frente para a jornada de domingo. Momento decisivo para ele – que jogou 18 buracos – foi o chip in de 7 metros para birdie 4 no 17.
“Não me lembro da última vez que fiz um chip in, e fazer nesta altura, em que precisava de um birdie, e depois fazer o par no 18, foi único, sabia que era muito importante e foi muito gratificante”, disse Melo Gouveia, que domingo passado venceu um torneio do Challenge Tour em Roma, tornando-se apenas o terceiro português a consegui-lo. “Nem em Milão [num torneio da Escola de Qualificação do European Tour, em que foi 2º] nem em Roma bati tão bem na bola como hoje, mas os putts não meti nenhum, e foi por isso que estive a sofrer até ao fim. Se tivesse metido os putts tinha feito 6 ou 7 abaixo do par.”
Melo Gouveia joga amanhã a última volta a partir das 9h10 com Paul McGinley, capitão da selecção europeia que brilhou recentemente, no final de Setembro, na última Ryder Cup. E Pedro Figueiredo começa às 11h10 com o inglês Simon Khan e o escocês David Drysdale.
Em 2012, quando passaram juntos o cut no Portugal Masters pela primeira vez, Figueiredo acabou com 27º, com 279 pancadas (70-70-70-69), 5 abaixo do par; e Melo Gouveia foi 60º, com 284 (70-72-67-75), em par.
Figueiredo passara também o cut no Portugal Masters em 2011, com 274 (71-65-71-67), 14 abaixo do par-72 – só em 2012 é que o campo do Oceânico Victoria passou a ter par-71.
A melhor classificação de sempre de um português no Portugal Masters é o 16º lugar de Ricardo Santos em 2012, com 278 (72-69-72-65), 6 abaixo do par.
Dos restantes portugueses, Ricardo Santos falhou o cut – para os 65 primeiros e empatados – por um shot depois de ter feito duplo bogey no 18, com 140 (71-69). Tiago Cruz foi 97º, com 143 (73-70); Hugo Santos (70-74) e os amadores Tomás Silva (72-72) e João Carlota (73-71) acabaram em 101º, com 144. E Gonçalo Pinto foi 118º, com 151 (79-72).