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Cameron Smith superou n.º 1 mundial Jon Rahm
10/01/2022 13:09 Rodrigo Cordoeiro
Avitória de Cameron Smith permitiu-lhe entrar pela primeira no top 10 do ranking mundial © PGA Tour

Australiano conquistou o Torneio dos Campeões no Havai em edição com resultados loucos

Cameron Smith foi o vencedor do Sentry Tournament of Champions (prize-money de $8,2 milhões de dólares), o primeiro torneio do ano no PGA Tour, no Plantation Course at Kapalua (um campo de par 73), na ilha de Maui, Havai. Tendo partido para a última volta empatado na frente com o espanhol Jon Rahm, o australiano concluiu com 65 (-8) contra as 66 (-7) daquele que é o número um mundial, superando-o pela margem mínima. 

Foi a quarta vitória de Smith no PGA Tour, a proporcionar-lhe um prémio de $1,4 milhões e a subida de 21.º para 10.º no ranking mundial. “Levei algum tempo para chegar ao top 20, pelo que é muito bom”, disse Smith. “Esse era um dos meus objetivos para este ano, chegar ao top 10. Com sorte, posso continuar a subir no ranking.” 

Tudo apontava para um duelo entre Smith e Rahm, já que para a jornada decisiva tinham cinco pancadas de vantagem sobre o terceiro, o norte-americano Daniel Berger. No entanto, haveria outro australiano a entrar na equação do título: Matt Jones, de 41 anos, fechou com 61 (-12) igualando o recorde do campo – estabelecido na véspera por Rahm e Justin Thomas – e terminando no pódio, a somente dois shots do campeão. 

Nunca se tinham visto resultados tão baixos no cômputo de um torneio completo no PGA Tour. Ficou para trás o recorde neste capítulo, que pertencia ao sul-africano Ernie Els, quando neste mesmo campo, somara -31. Isto porque Smith (65-64-64-65) ganhou com 258 (-34), Rahm (66-66-61-66) registou 259 (-33) e Jones (70-67-62-61) perfez 260 (-32). 

Jon Rahm desvalorizou estes resultados loucos: “Este campo de golfe tem apenas uma defesa e essa é o vento. Se há jogadores que costumam fazer entre 20 e 26 pancadas abaixo do par com ventos de 20 milhas por hora, o que esperam que façamos quando não há absolutamente vento nenhum? Acho que essa foi a diferença. Não estou surpreendido.” 

Além das -31 de Ernie Els em 2003, houve as -30 de Jordan Spieth em 2016. Ambos ganharam então com oito pancadas de vantagem sobre a concorrência. “É um pouco estranho olhar para os resultados deste ano e verificar que houve dois jogadores que bateram aqueles resultados e mesmo assim perderam por uma e duas pancadas, reforçou Rahm. “Sim, fizemos um bom trabalho, mas acho que aqueles -31 e -30 merecem muito mais crédito do que os meus -33.”

Numa prova restrita aos vencedores no circuito no ano civil de 2021, e que contou com 17 dos 20 primeiros do ranking mundial entre os 38 participantes, aqueles três jogadores foram, ainda assim, claramente superiores à concorrência: o quarto classificado, o norte-americano Patrick Cantlay, n.º 4 mundial e campeão em título da FedEx Cup, ficou a 8 pancadas do vencedor, totalizando 266 (-26). 

“Foi intenso”, disse Smith, de 28 anos. “Jonny e eu jogámos bem o dia todo. Tínhamos Matty no grupo na frente também em grande forma. Então, sim, foi uma volta irreal, algo que com certeza nunca esquecerei. Rahm é o melhor jogador de golfe do mundo e há muitos motivos para o ser. Ele carrega e parece que mete todos os putts para que olhe, pelo que foi bom aguentar e ripostar.” 

Smith liderou do princípio ao fim, isolado nas duas primeiras voltas e na companhia de Rahm ao fim da terceira, para depois sair no topo uma vez completados os 72 buracos regulamentares. “Joguei muito bem durante toda a semana”, comentou. “Obviamente, ser líder não é fácil. Sono agitado. Sinto que passei muito tempo a olhar para o tecto na cama. Nunca me tinha acontecido. Foi bom ver como está o meu jogo face a alguns dos melhores jogadores do mundo. Tenho trabalhado muito e está a valer a pena neste início de época.” 

Sendo o primeiro torneio do ano, o Sentry TOC é o décimo da temporada 2021-2022 no PGA Tour. E Smith está a protagonizar uma grande época, já que nos três torneios que jogou no Outono foi 9.º na CJ Cup em Las Vegas, 15.º no Houston Open, Texas, e 4.º no RSM Classic. Assim, na FedEx Cup, a ordem de mérito do circuito, e graças aos 500 pontos arrecadados, Smith é já o 3.º classificado (era 33.º antes do êxito em Maui). 

Não foi a primeira vez que Smith venceu no Havai. Em 2020, conquistara o Sony Open, em Honolulu, prova que se segue já esta semana, a partir de quinta-feira. Ele é agora um dos seis jogadores com triunfos nos dois torneios do PGA Tour no arquipélago havaiano. E está entre o lote de participantes, para tentar reeditar o êxito de há dois anos. Os seus dois outros triunfos no circuito foram no Zurich Classic of New Orleans, a pares: em 2017, ao lado do sueco Jonas Blixt, o ano passado com o compatriota Marc Leishman.