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Campeão em Gullane com os olhos no Old Course
13/07/2015 08:10 Hugo Ribeiro
Depois da vitória no Open da Escócia, segue-se o British Open / © GETTY IMAGES

Rickie Fowler vence Open da Escócia e mostra-se em grande forma para o British Open

Rickie Fowler conquistou este domingo o quarto título internacional da sua curta carreira, o segundo em 2015 e o primeiro no European Tour, uma semana antes de tentar colocar o seu nome na lista de campeões de majors na 114ª edição do The Open Championship.

O norte-americano de 26 anos, 9º classificado no ranking mundial, poderá reintegrar amanhã o top 5 depois do êxito de hoje no Aberdeen Asset Management Scottish Open, de 4,5 milhões de euros em prémios monetários.

O carismático antigo nº1 mundial amador está habituado a finais de prova emocionantes e ainda este ano apoderou-se do seu mais importante título – o The Players Championship do PGA Tour – num play-off em que derrotou Sergio Garcia e Kevin Kisner, recuperando de um atraso de 5 shots em relação ao espanhol, depois de ter jogado os últimos seis buracos regulamentares em 6 abaixo do par.

Ora, no domingo, no Gullane Golf Club, em East Lothian, na Escócia, Rickie Fowler voltou a anular um défice de 3 pancadas com que tinha partido para a última volta em relação ao líder aos 54 buracos, o inglês Daniel Brooks.

Uma vez mais, a sua ponta final foi impressionante, carimbando 3 birdies nos últimos quatro buracos (15, 16 e 18), para fechar a última volta em 68 pancadas, 2 abaixo do par-70, totalizar 268 (-12) e superar pela margem mínima o seu companheiro na seleção americana da Ryder Cup em 2014, Matt Kuchar, que tinha estabelecido a anterior liderança na club house em 269 (-11), também ele com um derradeiro cartão de 68 (-2).

Dois norte-americanos nos dois primeiros lugares num links course onde não estão tão habituados a competir, é algo que faz sempre pensar duas vezes os europeus mas, ao menos, Matt Kuchar teve de partilhar o segundo lugar com o francês Raphael Jacquelin.

Jacquelin integrou o último grupo com Brooks e 1 eagle no último buraco tê-lo-ia enviado a um play-off. O francês bem tentou e o seu approach para eagle ficou a... 3, 4 metros da bandeira!

Como o Open da Escócia era a derradeira hipótese de qualificação para o British Open e os dois norte-americanos já estavam apurados para o terceiro major do ano, foi Jacquelin a assegurar o primeiro posto, sendo os outros atribuídos a Brooks (que terminou em 7.º empatado com -9) e ao sueco Rickard Karlberg (10.º empatado com -8).

No final da terceira volta, Fowler tinha dito na conferência de Imprensa que “o principal é a preparação para a próxima semana. Não só o facto de jogar na semana anterior (a um Major) mas sobretudo jogar num campo links”.

“No ano passado, fui 8º neste torneio e depois tive uma boa semana no The Open (empatado em 2.º). Por isso, estou desejoso de ter uma chance de ganhar aqui e de colocar-me em posição de jogar bem na próxima semana”, acrescentou aquele que em 2014 tornou-se apenas no terceiro jogador a fazer top-5 nos quatro majors num mesmo ano, algo que no passado só fora alcançado por… Jack Nicklaus e Tiger Woods.

O European Tour tem sabido promover este Open da Escócia como um amuleto e os seus press officers têm várias vezes escrito que “os últimos quatro campeões do British Open jogaram no Open da Escócia na semana anterior”.

Claro que Fowler deseja sobretudo repetir o feito do seu compatriota Phil Mickelson, que se impôs neste evento há dois anos em Castle Stuart e oito dias mais tarde estava a por as mãos no Claret Jug em Muirfield.

“Estou entusiasmado com o estado de forma do meu jogo. Há algumas coisas que necessito de endireitar antes de quinta-feira, mas agora fiquei ainda mais excitado com a próxima semana. Provavelmente, a única coisa que seria mais especial do que isto seria vencer na próxima semana”, disse, referindo-se também ao facto de o British Open regressar este ano ao santuário de St. Andrews.

O seu pensamento não estava, contudo, apenas no Old Course e soube valorizar o seu primeiro título europeu: “Ganhar num campo links, na Escócia, a pátria do golfe, é sempre uma semana especial. E hoje derrotei alguns jogadores bem bons. Jogadores que estavam no topo da sua forma. Nunca pensei que houvesse tantos resultados abaixo do par, tal a forma como o vento soprava. Foi mesmo um grande teste de golfe e estou orgulhoso do modo como terminei a prova.”