Resultado de 65 pancadas no arranque do Masters num dia em que a média foi de 75
Foi uma das melhores voltas de sempre no Masters, em Augusta National, Georgia. Debaixo de ventos fortes, com rajadas a atingir os 65km/h, Charley Hoffman entregou um primeiro cartão de 65 pancadas (-7) para liderar com 4 de vantagem sobre o estreante William McGirt (69). Desde Jack Burke Jr. em 1955 que nenhum comandante tinha uma diferença tão grande em relação à concorrência na volta inaugural.
Estava tão difícil, que apenas estes dois norte-americanos conseguiram jogar nas 60. E apenas 11 dos 93 jogadores acabaram abaixo do par-72. A média do field foi de 74.98, a mais alta desde a de 76.19 em 2007.
Hoffman não tinha razões para acreditar que subiria tão alto, depois de ter feito dois greens a 3 putts no início da volta. “Depois disso, não me lembro de ter falhado mais nenhum”, afirmaria. Ao todo, foram 9 birdies, 7 deles nos últimos 11 buracos. Contra 2 bogeys.
Tem 40 anos, 4 vitórias no PGA Tour e ocupa a 52.º posição no ranking mundial. Natural de San Diego, na Califórnia, é residente em Las Vegas.
O inglês Lee Westwood, que tem as credenciais de melhor jogador do mundo sem nunca ter vencido um major, arrancou 5 birdies nos últimos 6 buracos para um 70, o que lhe dá o terceiro lugar isolado.
Os ingleses estiveram alias em evidência, pois no lote dos que fizeram 71 encontram-se mais três – Justin Rose, Andy Sullivan, Matthew Fitzpatrick, além dos americanos Phil Mickelson (triplo campeão), Russell Henley, Kevin Chappell, Jason Dufner e o espanhol Sergio Garcia.
O n.º 2 mundial Rory McIlroy, a precisar apenas de um Casaco Verde para completar o Grand Slam de carreira, exibiu um ágil jogo curto para se manter na corrida. O norte-irlandês salvou dois pares difícieis depois de ter falhado os greens dos 10 e 11 nos lugares errados, marcou 3 birdies a meio do back nine e fechou com mais um bom par para 72.
O n.º 1 mundial Dustin Johnson não teve hipóteses de saber como lidaria com as condições. Apenas 24 horas antes, ele estava preparado para tentar a sua quarta vitória consecutiva, mas eis que uma queda aparatosa na escadaria da sua casa alugada em Augusta, lesionando-o nas costas, o deixou fora do primeiro major do ano.
Ele tentou jogar. Queria jogar. Mesmo depois de aquecer, quando sentiu dores em dois de cada três swings, dirigiu-se para o putting green ainda com esperança, mas foi o mais longe que foi. Em vez de se encaminhar para o tee do 1, virou à direita para a clubhouse e logo de seguida estava a caminho de casa.
O detentor do título, o inglês Danny Willett, está nos 19.ºs, com 73. O n. º 3 mundial, o australiano Jason Day, está um degrau abaixo com 74, e mais um degrau abaixo, com 75, encontram-se, o seu compatriota Adam Scott e o norte-americano Jordan Spieth, campeões em 2013 e 2015, respectivamente.