Sul-africano foi o campeão do Kenya Savannah Classic após bater Jazz Janewattananond no play-off

Daniel Van Tonder chamara já a atenção quando na quarta-feira, na segunda volta do Kenya Savannah Classic assinalou no seu cartão de jogo nada menos do que 10 resultados de 3 pancadas, sendo que três deles foram birdies e outros três eagles. O sul-africano que fez 30 anos a 12 de Março voltou a evidenciar-se hoje ao sair do Karen Country Club com a vitória, após bater no terceiro buraco do play-off (sempre jogado no 18, Par 4), com um birdie, o tailandês Jazz Janewattananond. 

Tinham partido para a jornada decisiva empatados no segundo lugar, tendo apenas à sua frente Justin Harding, o sul-africano que ganhara no mesmo palco o torneio antecedente no European Tour, o Magical Kenya Open. E finalizaram ambos com 64 (-7), para um total de 263 (-21), o que lhes deu a partilha do primeiro lugar no cômputo dos 72 buracos regulamentares, com vantagem mínima sobre o inglês Sam Horsfield (64) e o escocês Callum Hill (64). 

Houve resultados muito baixos, mas esse não foi o caso de Harding, que fechou com 73 caindo para os 14.ºs, com 269 (-15). Os dois portugueses que passaram o cut aos 36 buracos não estiveram bem nos últimos 36: Ricardo Santos, depois de duas primeiras voltas de 68-68, encerrou com 72-72, finalizando em 67.º, com 280 (-4); e Filipe Lima ficou no 72.º e penúltimo lugar entre os finalistas, com 285 (68-70-74-73). 

Para Daniel Van Tonder, 140.º no ranking mundial e 18.º na Race to Dubai do European Tour (vai subir em ambas as tabelas), esta foi a sua primeira vitória no European Tour, mas ele tem estado em evidência no Sunshine Tour, o circuito profissional da África do Sul, no qual em 2020 conquistou quatro títulos elevando o pecúlio para sete. Quanto a Jazz Janewattananond, 25 anos, 128.º no ranking mundial e 20.º na Race to Dubai, esteve perto da sua primeira vitória no principal circuito europeu de profissionais. 

“Debati-me na última semana, mas nesta encontrei tudo e estou muito feliz”, disse van Tonder. “Eu sabia que se criasse oportunidades no putting, ganharia mais cedo ou mais tarde.” 

E acrescentou: “Tenho trabalhado muito. No ano passado, tive quatro vitórias no Sunshine Tour, a minha média de pancadas era bastante baixa – então a covid aconteceu e tornou tudo um pouco difícil em termos de viagens e de entrar nos torneios. Não foi fácil. Tive que trabalhar muito manter-me motivado. Valeu a pena, estou muito feliz.”