R & A reage aos comentários polémicos do pré-candidato republicano
Segundo o jornal britânico The Independent, o Royal & Ancient Golf Club of St. Andrews decidiu que o campo de golfe de Ailsa, integrado no Trump Turnberry Resort em Ayrshire, no sudoeste da Escócia, não será mais o palco do The Open Championship, ou British Open.
Esta decisão vem depois do proprietário do resort, o magnata Donald Trump, ter feito comentários controversos sobre os muçulmanos nos Estados Unidos, acumulando a outros comentários idênticos que já havia feito sobre os emigrantes mexicanos.
O jornal The Independent revela que a entidade máxima do golfe, sediada na Escócia, passou a considerar que a reputação de Donald Trump é tão tóxica que o Trump Turnberry Resort já não poderá voltar a acolher o mais prestigiado torneio de golfe.
“As polémicas declarações feitas pelo Sr. Trump durante a sua campanha para a nomeação republicana, acerca de muçulmanos, mexicanos, chineses e mulheres, entre outros, conferem-lhe um status pária (individuo rejeitado pela sociedade) no mundo do golfe, criando o risco de boicote por parte de patrocinadores e jogadores internacionais”, diz a declaração do R & A, publicada no The Independent.
Esta notícia surge dois dias após o PGA Tour afirmar que está já a considerar outros campos para a realização WGC-Cadillac Championhip de 2017, que se realiza no Trump National Doral, outro resort do americano em Miami, nos EUA.
Turnberry já sediou quatro Opens, tendo sido o mais recente em 2009, quando Stewart Cink bateu Tom Watson após um playoff de 4 buracos. 2020 seria o ano para a realização da quinta edição neste resort adquirido por Donald Trump em abril de 2014.
O campo está atualmente num processo de renovação, cuja obra é supervisionada pelo R & A. As mudanças projetadas visavam ajudar a trazer de volta o British Open para Turnberry.