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Dupla californiana dominou em Nova Orleães
25/04/2022 10:44 Rodrigo Cordoeiro
Xander Schauffele e Patrick Cantlay lideraram do princípio ao fim no TPC Louisiana © PGA Tour

Patrick Cantlay e Xander Schauffele com vitória histórica no Zurich Classic of New Orleans

Xander Schauffele e Patrick Cantlay foram os vencedores do Zurich Classic of New Orleans e os primeiros a comandarem do princípio ao fim na única prova do PGA Tour por equipas, a pares, dotada com 8,3 milhões de dólares de prize-money. Ambos naturais da Califórnia e estrelas de primeira grandeza no golfe mundial, bateram vários recordes no Par 72 do campo TPC Louisiana, em Nova Orleães. 

Foi um triunfo importante para ambos. Schauffele, vencedor da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, não ganhava no circuito desde o Sentry Tournament of Champions em Janeiro de 2019. Cantlay não o fazia desde o Tour Championship em Setembro do ano passado, na sua consagração como campeão da FedEx Cup 2021. 

Desde que vencera pela última vez, Schauffele registara nada menos do que oito segundo lugares. Quanto a Cantlay, cometeu a proeza de sair com o título apenas uma semana depois de ter perdido para Jordan Spieth no play-off do RBC Heritage, ele que já em Fevereiro havia perdido no desempate no Waste Management Phoenix Open para Scottie Scheffler. 

O Zurich Classic of New Orleans jogou-se alternadamente à melhor bola e em foursomes (pancadas alternadas). O par californiano começou logo com um 59 (-13) no primeiro dia, o mais baixo resultado de sempre no torneio; acrescentaram-lhe um 68 (-4) no segundo e no terceiro fizeram 60, com isso estabelecendo o recorde do mais baixo agregado aos 54 buracos; fecharam com um 72 (par) que lhes deu também a melhor marca aos 72 buracos, com -29. 

O anterior recorde era de -27, por Kevin Kisner/Scott Brown e Jonas Blixt/Cameron Smith, em 2017, no primeiro ano em que o torneio deixou de ser individual para se tornar colectivo. Então, Blixt/Smith bateram Kisner/Brown no play-off. Cameron Smith voltaria a vencer em 2021, com o seu compatriota australiano Marc Leishman. Na defesa do título, Smith/Leishman terminaram nos 21.ºs, com -17. 

Na jornada decisiva de domingo, Cantlay/Schauffele, partindo para a comandar com cinco shots de vantagem sobre os sul-africanos Branden Grace e Garrick Higgo, começaram sólidos, com seis pares, e quando fizeram um eagle no 7 para voltarem liderar por 5 parecia que a dupla vencedora estava definitivamente encontrada. No entanto, bogeys no 9 e no 10 deixaram-nos com apenas a vantagem mínima sobre Billy Horschel e Sam Burns, que fizeram 5 birdies nos primeiros 11 buracos. 

Mas depois os californianos fizeram birdie no 11 para respirar fundo e, a partir daí, marcaram uma série de pares até ao bogey no 18, ao mesmo tempo que Horschel e Burns, jogando no grupo da frente, não assinalaram mais nenhum birdie, fazendo antes um bogey no 17. 

Schauffele e Cantlay acabaram assim por vencer com 259 (-29) e com duas à melhor sobre Burns/Horschel (62-68-63-68), que haviam sido quartos classificados na edição passada. Horschel é um duplo campeão do torneio, primeiro em 2013, individualmente, depois em 2018, com Scott Piercy. 

Doc Redman/Sam Ryder (61-67-69-67), com 264 (-24), foram terceiros, seguidos de um sexteto de equipas com -23, composto por Davis Riley/Will Zalatoris (64-71-64-66), Keegan Bradley/Brendan Steele (64-71-63-67), Harold Varner III/Bubba Watson (62-71-64-68), Taylor Moore/Matthew NeSmith (60-73-64-68), Aaron Rai/David Lipsky (61-67-65-72) e Garrick Higgo/Branden Grace (64-65-63-73). 

Para Cantlay, n.º 5 mundial, esta foi a sétima vitória no PGA Tour, para Schauffele, 12.º mundial, a quinta. Cada um deles recebeu um prémio de $1,199,350 e 400 pontos para a FedEx Cup.