“Ricardos” bateram Sequeira/Santos no play-off da Taça PGA BetterBall no Bom Sucesso
Ricardo Santos e Ricardo Melo Gouveia, os dois melhores golfistas portugueses da actualidade, confirmaram o favoritismo que lhes era atribuído na Taça PGA Portugal BetterBall, no Guardian Bom Sucesso Golf, em Óbidos. Foram eles os vencedores, hoje, da segunda edição desta prova de pares dotada com 7 mil euros em prémios monetários, após um grande duelo frente a Almerindo Sequeira/Hugo Santos, que eram os detentores do título.
Ambas as duplas tinham terminado ontem o primeiro dia empatadas na frente, com 64 pancadas, 8 abaixo do par-72. E hoje, jogando no mesmo grupo, voltaram a igualar-se, com 65, depois de Hugo Santos ter metido um putt de cerca de quatro metros para birdie no 36.º e último buraco regulamentar. Ou seja, as duas equipas concluíram as duas voltas empatadas com o excelente agregado de 129 pancadas, 15 abaixo do par.
Os dois melhores pares da prova no tee do 18, antes do início do play-off / © FILIPE GUERRA
Foi necessário um play-off. Jogou-se no 18, um par-4 com uma descida acentuada a partir do tee e com um dog-leg à esquerda lá em baixo. Os “Ricardos” saíram bem, ao passo que Hugo falhou o drive à esquerda saiu de jogo, e depois Almerindo Sequeira, bem posicionado, falhou o approach à direita deixando a bola na regueira e não conseguindo tirá-la de lá na sua terceira tacada. Com Melo Gouveia no green em regulation e Ricardo Santos com um pequeno chip pela frente, estava selado o destino do evento.
João Carlota/José Dias foram os melhores na volta de hoje, com 64 pancadas, o que lhes valeu o terceiro lugar isolado, com 132 (-12). O top 5 ficou completo com Tiago Cruz/Pedro Figueiredo (68-66) e Gonçalo Pinto/Miguel Gaspar (67-67), duas duplas com 134 (-10).
Foi um duelo emocionante entre dois melhores pares da competição. Hugo Santos, autor de uma grande exibição, fez birdies nos quatro primeiros buracos e nesta altura ele e Sequeira tinham já uma vantagem de outros tantos shots sobre os “Ricardos”, que viriam a igualar os seus rivais no 16, com o seu sexto birdie do dia, e depois passaram para a frente do marcado ao fazer um sétimo birdie no 17.
Resumindo: Santos/Melo Gouveia fizeram nos buracos 5, 6, 9, 10, 15, 16 e 17. Sequeira/Santos conseguiram-nos no 1, 2, 3, 4, 8. 9, 11 e 18, tendo feito também um bogey no 14.
“Foi muito positivo, tanto eu como o Ricardo conseguimos dois bons resultados, foram dois dias de bom golfe”, disse Ricardo Melo Gouveia, o melhor português no ranking mundial (333.º), e vice-campeão, no último sábado, no Challenge de Madrid. “Hoje não começámos da melhor maneira, mas conseguimos recuperar e o mais importante foi termos saído daqui com a vitória. Estou numa fase boa, mas ter um parceiro como o Ricardo Santos ajuda, porque tira muita da pressão.”
Ricardo Santos: “Havia aqui vários pares bem fortes, e o meu irmão com o Almerindo foram uma dupla muito forte e bateram-se incrivelmente, há que lhes dar os parabéns, em especial ao meu irmão, que jogou um golfe impressionante. Também quero dar os parabéns ao meu parceiro, que se aguentou bem nos primeiros 9 e depois deu uma ajuda nos segundos 9 para forçarmos o play-off”.
Hugo Santos, com 7 birdies, foi um dos melhores do dia a nível individual, juntamente, com João Carlota, que fez 8 birdies. “Claro vínhamos para defender o título, e o facto de perdermos no play-off depois de ontem termos começado bem e de hoje termos tido uns muito bons primeiros 9 buracos, deixa um sabor amargo. Mas sabíamos que ia ser difícil – tínhamos os dois melhores jogadores nacionais como adversários.”
Entre os 12 pares em competição, António Sobrinho/João Pedro Carvalhosa foram sextos classificados com 138 (71-67), Nelson Cavalheiro/Sérgio Ribeiro e André Serra Carvalho/Jay Taylor (72-67) sétimos com 139 (73-66) e no nono lugar, a completar o lote de pares que jogaram abaixo do par, os açorianos Francisco Matos/Rui Índio (69-74).
Finalmente, Sofia Câmara/João Ramos (70-74) e Mark Peddar/Filipe Côrte-Real (75-69) partilharam o 10.º lugar, com 144 e José Correia/Ricardo Lopes (70-81) – presidente e secretário-geral da PGA de Portugal – foram 12.ºs, com 151.
