Número um mundial procura tornar-se apenas o quarto jogador bisar no no Augusta National Golf Club
Menos de cinco meses depois de ter vestido o seu primeiro Casaco Verde, Dustin Johnson defende esta semana o título no Masters Tournament, entre quinta-feira e domingo no Augusta National Golf Club, em Augusta, na Georgia (EUA). Tão curto tempo decorrido entre uma e outra edições é decorrência da pandemia de covid-19, que, em 2020, fez adiar aquele que é o primeiro major do ano para Novembro, no que se lhe juntara, dois meses antes, em Setembro, o Open dos EUA. Assim, na temporada 2020-2021 do PGA Tour, haverá nada menos do que seis provas do Grand Slam, com estas duas em duplicado.
Dustin Johnson venceu então de forma categórica, estabelecendo o mais baixo agregado de pancadas do torneio, com 268 (-20), e deixando os seus mais próximos concorrentes – o australiano Cameron Smith e o sul-coreano Sungjae Im – a cinco shots de distância. A tarefa que tem agora pela frente, a de revalidar o título, não se afigura fácil, já que, desde o nascimento do torneio em 1934, apenas três jogadores o conseguiram: Jack Nicklaus (1965-1966), Nick Faldo (1989-1990) e Tiger Woods 2001-2002).
Na altura, o Masters de 2020 completou uma série de nove torneios em que DJ venceu três vezes, foi segundo classificado outras três vezes, uma vez terceiro e nunca terminou abaixo de 11.º. Desde então, o seu jogo arrefeceu um pouco, tendo registado apenas um top-10 (T8 no Genesis Invitational) no PGA Tour, não contando o triunfo no Saudi International do European Tour. Apesar disso, número um mundial mostra-se confiante para a defesa do título: “Talvez não esteja em tão boa de forma como estava em Novembro, mas sinto que estou a recuperar, a começar a bater os mesmos shots e a ficar muito mais confortável com a bola”, disse.
Dado o retorno do Masters ao seu lugar tradicional no calendário, a primeira semana inteira de Abril, e o recente período de clima quente e seco em Augusta, Johnson e o resto do field de 88 jogadores enfrentarão um campo de golfe muito diferente do que estava no Outuno. Os fairways e greens, até agora, pelo menos – há possibilidade de chuva no final da semana – estão decididamente mais firmes, exigindo precisão do tee e nos greens. As superfícies dos greens estão tão rápidas quanto alguns jogadores se podem se lembrar delas.
“Com o campo tão firme e rápido como está, teremos definitivamente de ter um pouco mais de cuidado para onde acertamos a bola”, disse Johnson, observando que as bolas estão a saltar bastante”. E por aqui se ficou em termos diferenciais: “Ainda é o mesmo campo de golfe. Quero dizer, os shots que batemos, realmente, não mudam. O que muda são os sítios onde acertamos dependendo da firmeza, de onde nos encontramos ou dos tacos que utilizamos.”
Em busca do seu 25.º título no PGA Tour e do seu terceiro major (venceu também o Open dos EUA em 2016), DJ joga as duas primeiras voltas com num grupo com o inglês Lee Westwood (na sua 20.ª participação no Masters) e com o amador Tyler Strafaci (campeão do US Amateur).
O n.º 2 mundial Justin Thomas, recente vencedor do Players Championship, pode subir a número 1 do ranking se vencer e DJ terminar em 21.º ou pior. Desde a sua estreia no Masters em 2016 (T39), ele tem vindo sempre a melhorar na classificação: 2017 (T22), 2018 (T17), 2019 (T12) e 2020 (4.º). Thomas tem como parceiros de jogo Tony Finau (13.º mundial) e o sul-africano Louis Oosthuizen (28.º), este o vice-campeão em 2012, após perder no play-off para Bubba Watson, o qual viria a vencer novamente em 2014.
Bubba Watson, por sua vez, está num grupo com o norueguês Viktor Hovland (14.º mundial) e Brooks Koepka (11.º), que compete apesar ter sido alvo de nova cirurgia ao joelho direito há apenas um mês. Já com quatro majors no seu palmarés (dois Opens dos EUA e dois US PGA Championships), Koepka pode igualar Phil Mickelson (triplo campeão do Masters, 50 anos) na condição de segundo jogador em actividade com mais majors na sua posse. Tiger Woods, com 14 majors, e vencedor do Masters em 2019, está ausente na sequência do acidente rodoviário de Fevereiro em Los Angeles.
Rory McIlroy está na mesma situação de Koepka, ou seja, pode tornar-se o 20.º jogador a conquistar pelo menos cinco majors. No seu caso, porém, tornar-se-ia apenas o sexto jogador a completar o Grand Slam de carreira, ou seja, a vencer cada um dos quatro majors, um feito até hoje apenas conseguido por Gene Sarazen, Ben Hogan, Gary Player, Jack Nicklaus e Tiger Woods. Mas McIlroy não vence um major desde o PGA Championship de 2014 e saiu recentemente do top-10 do ranking mundial (para 12.º), estando em branco no que diz respeito a vitórias desde o HSBC Champions de 2019, em Xangai. Em Augusta, tem como fellow competitors o espanhol Jon Rahm (n.º 3 mundial) e Xander Schauffele (6.º).
Referência ainda para Jordan Spieth, vencedor do Masters em 2015, e que no domingo voltou às vitórias três anos e meio depois da sua 11.ª e última, por ocasião do Valero Texas Open. Joga com Colin Morikawa (n.º 4 mundial) e Cameron Smith (30.º).
