Profissionais levam 3 pontos de vantagem sobre amadores para último dia na Taça Manuel Agrellos
Depois de vencer de manhã os cinco jogos de foursomes por 3,5-1,5, a equipa da PGA Portugal voltou a ganhar na parte da tarde em fourball à sua congénere da Federação Portuguesa de Golfe, por 3-2. O resultado da 3ª Taça Manuel Agrellos cifra-se assim em 6,5-3,5, quando falta realizar amanhã os 10 encontros de singulares.
É o contraste total com as duas últimas edições desta Ryder Cup portuguesa, nas quais, por incrível que pareça, os amadores venceram todas as sessões de fourball e foursomes, vindo depois a selar triunfos na competição por 11-9 (2012) e por 13,5-6,5 (2013).
Embora Ricardo Santos seja uma ausência de peso entre os profissionais, estes tiveram dois reforços de peso: Ricardo Melo Gouveia, actualmente o melhor português no ranking mundial de golfe; e João Carlota, nº1 amador português em 2014, e com o estatuto de profissional há pouco mais de um mês. “Não estamos a jogar contra os melhores profissionais portugueses, estamos antes a jogar com os melhores jogadores portugueses da actualidade, o que é diferente do que tinha acontecido nos últimos anos”, disse Nuno Campino, seleccionador nacional e capitão da equipa amadora.
Mas, curiosamente, o conjunto da PGA não precisou de Melo Gouveia ou Carlota para ganhar esta tarde nos foursomes. O primeiro, fazendo parceria com Gonçalo Pinto, perdeu com Afonso Girão/Rafael Gaspar, e logo por 4/3, naquela que foi a grande surpresa do dia. O segundo uniu forças com Nelson Cavalheiro mas foi derrotado, por 2/1, pela dupla de Vilamoura composta por Vítor Lopes/Francisco Oliveira. Lopes/Oliveira registaram assim a sua quarta vitória consecutiva em foursomes, a acrescentar às que obtiveram rumo ao título em Agosto no Campeonato Nacional de Clubes no Oporto.
Vítor Lopes e Francisco Oliveira, do CG Vilamoura / © FILIPE GUERRA
Há três profissionais em evidência nesta edição da Taça Manuel Agrellos: Tiago Cruz, Miguel Gaspar e António Sobrinho, os únicos que venceram de manhã e de tarde. Cruz jogou com Nelson Cavalheiro nos fourball e com Sérgio Ribeiro nos foursomes, neste último caso levando a melhor sobre Tomás Silva (campeão nacional amador) e João Ramos, por expressivos 4/3. Quanto a Gaspar, depois de ter tido Melo Gouveia como parceiro, evoluiu ao lado de António Sobrinho para um grande triunfo sobre dois jogadores de Miramar – Pedro Lencart/Tomás Bessa. O resultado fixou-se em 1 up. Sobrinho tinha vencido de manhã com João Carlota diante de Tomás Silva/João Ramos, por 1 up
Mas também Pedro Figueiredo se mostra em boa forma. Empatara de manhã com Gonçalo Pinto e de tarde, em união de forças com Hugo Santos, derrotou João Girão/Renato Ferreira por 3/2. João Girão/Renato Ferreira tinha sido o único par amador a ganhar nos fourball.
“Ainda há 10 pontos em jogo, acredito que tudo pode acontecer”, considera Nuno Campino. “Eles têm 3, 4 jogadores muito fortes, nós também temos 3 ou 4 muito fortes. Se eles ganharem esses 4 e nós ganharmos os nossos 4, pode ser que haja alguma esperança.”
José Correia, presidente da PGA Portugal capitão dos profissionais, abordou as duas sessões de pares de forma diferente. Em fourball, dividiu a equipa em 5, com os melhores a encabeçarem cada uma das duplas. Em foursomes, numa modalidade com a qual os amadores estão mais familiarizados, teve a preocupação de lançar duas formações fortes: Melo Gouveia/Pinto e Figueiredo/Santos.
Momento de descontracção dos jogadores / © FILIPE GUERRA
Os jogos de singulares de terça-feira são os seguintes (profissionais em primeiro lugar), a partir das 8h:
Pedro Figueiredo vs. Renato Ferreira
Nelson Cavalheiro vs. Pedro Lencart
Ricardo Melo Gouveia vs. Afonso Girão
António Sobrinho vs. Francisco Oliveira
Tiago Cruz vs. Tomás Bessa
Gonçalo Pinto vs. João Girão
João Carlota vs. Vítor Lopes
Hugo Santos vs. Rafael Gaspar
Miguel Gaspar vs. Tomás Silva
Sérgio Ribeiro vs. João Ramos