Equipa continental atingiu 30 anos de invencibilidade a jogar em casa neste mediático match bienal
Dois anos depois da pesada derrota (por 9-19) em solo alheio na última edição, a selecção da Europa desforrou-se batendo hoje os EUA na 44.ª Ryder Cup, no Marco Simone Golf & Country Club, em Roma, por 16.5-11.5.
Foi a sétima vitória consecutiva da formação continental a jogar em casa neste famoso match bienal entre as duas equipas, o sonho de qualquer jogador profissional. A última vez que os norte-americanos ganharam fora foi em 1993, no The Belfty, em Birmingham, Inglaterra. Esta foi também a oitava vitória da Europa na Ryder Cup no presente século, contra três triunfos dos EUA.
Partindo para a sessão de 12 singles com uma vantagem de cinco pontos (10.5-5.5), a equipa europeia precisava apenas de mais quatro para chegar aos 14.5 e selar a vitória no cômputo das 28 partidas – 16 de pares e 12 de singulares na jornada de encerramento de domingo.
Para os singles, o capitão não-jogador da Europa, o inglês Luke Donald, colocou os seus mais fortes jogadores nos primeiros jogos. E estes corresponderam.
No primeiro encontro, o espanhol Jon Rahm (n.º 3 mundial) empatou com Scottie Scheffler (n.º 1); no segundo, o norueguês Viktor Hovland (n.º 4) derrotou Collin Morikawa por 4&3 (quatro buracos de vantagem e três por jogar); no quarto, o norte-irlandês Rory McIlroy (n.º 2) levou a melhor sobre Sam Burns, por 3&1; e no sexto, o inglês Tyrrel Hatton (11.º) impôs-se a Brian Harman por 3&2.
Neste altura, e contando ainda com as derrotas dos ingleses Justin Rose no segundo encontro (face a Patrick Cantlay) e de Matt Fitzpatrick no quinto (frente a Max Homa), a Europa somava 3,5 pontos e só precisava de mais meio ponto.
No entanto, os EUA venceram as três partidas seguintes, por Brooks Koepka (frente ao sueco Ludvig Aberg), Justin Thomas (austríaco Sepp Straka) e Xander Schauffele (dinamarquês Nicolai Hojgaard) mantendo o desfecho em aberto.
Seria o inglês Tommy Fleetwood, no 11.º jogo, a garantir o triunfo para a Europa, quando o seu adversário Rickie Fowler lhe concedeu o putt para birdie no buraco 16.
A fechar a 44.ª edição o irlandês Shane Lowry empatou com Jordan Spieth no décimo e o escocês Robert MacIntyre derrotou Wyndham Clark por 2&1 no 12.º. E a sessão de singles terminou com um empate a 6-6.
“Foi um longo processo e a uma viagem incrível”, disse Luke Donald. “Os EUA lutaram muito hoje, tiro-lhes o chapéu por isso. Mas estou muito orgulhoso dos meus 12 jogadores, eles formaram um vínculo desde o primeiro dia, deram-me tudo. É por isso que a Ryder Cup é tão especial: jogamos uns pelos outros e iremos compartilhar estas memórias para sempre.”
Zach Johnson, o capitão não-jogador dos EUA, elogiou sua equipa antes de assumir a responsabilidade pela derrota. “Mostrámos coragem, mostramos coração e então as coisas ficaram interessantes. Não foram eles [os culpados pela derrota]. É por minha conta. Talvez tenha tomado algumas decisões erradas… Irei refletir em algum momento, mas não foi pelos meus 12 jogadores – estou grato por cada um deles.”
A próxima edição da Ryder Cup joga-se em 2025 no campo Bethpage Black, em Nova Iorque.