AcyMailing Module

Pro
> Home / Artigos
Força de Intervenção é um “exagero”
20/10/2014 15:32 Rodrigo Cordoeiro
tags: Ryder Cup
Jack Nicklaus e Tom Watson juntos no dia de "singles" da última Ryder Cup / © GETTY IMAGES

Jack Nicklaus sai em defesa de Tom Watson, o criticado capitão dos EUA na última Ryder Cup

A derrota da equipa dos Estados Unidos na última Ryder Cup, que foi a terceira consecutiva e a oitava nas últimas 10 edições deste duelo bienal frente à Europa, continua a fazer correr rios de tinta. Agora é Jack Nicklaus que sai em defesa do seu amigo e antigo rival Tom Watson, capitão dos americanos na edição que decorreu em Setembro em Gleneagles, Escócia, e cujo desempenho no cargo foi alvo de críticas.

Em declarações ao Palm Beach Post, à margem da reabertura do Champion Course do PGA National Resort, em Palm Beach Gardens, Florida, Nicklaus disse que a criação da Task Force pela PGA of America é um “exagero”. Para o recordista de títulos no Grand Slam (18), “os europeus jogaram melhor. Não faz diferença nenhuma o planeamento prévio que possamos fazer – se a outra equipa jogar melhor, vai ganhar.

Esta “Força de Intervenção” foi anunciada na semana passada e compõe-se de cinco jogadores (entre os quais Tiger Woods e Phil Mickelson), três ex-capitães e três dirigentes da PGA of América, cabendo-lhe doravante analisar todo o processo da Ryder Cup, desde as selecções de capitães, vice-capitães e jogadores, ao sistema de pontos e as datas em que as equipas são anunciadas. 

Tom Watson, de 65 anos, oito vezes vencedor no Grand Slam do golfe, tem sido muito criticado por eventuais más decisões e falta de empatia com os jogadores em Gleneagles, mas Nicklaus diz que nunca viu um capitão preparar-se tanto para a Ryder Cup como Watson fez: “Ele foi a não sei quantos torneios – ele sabia que é mais velho, por isso tinha de conhecer os miúdos, quem ia escolher, o que fazer. Tom [Watson], Raymond Floyd, Andy North e Steve Stricker [os três vice-capitães] fizeram as selecções e os emparelhamentos, fizeram o que acharam melhor, e provavelmente fizeram um belo trabalho.” 

Embora não tenha mencionado Phil Mickelson, que foi o jogador mais crítico, Nicklaus mostrou-se ainda desapontado com o facto de os membros da equipa terem “disparado” sobre Watson em público, em vez de discutirem os assuntos nos “balneários”.“Quando eu dirigia equipas e os jogadores tinham problemas, falávamos na sala da equipa. É aí que as conversas deveriam ter decorrido. E eu acho o mesmo sobre aquela coisa da Task Force. É um bocado excessivo. Tivemos 70 anos de Ryder Cup e sempre decorreu bem. O pêndulo vai retornar sem que se faça algo de monumental sobre isso.”