Volta igualou melhor score do torneio e incluiu 4 birdies e hole-in-one em cinco buracos
Antes de iniciar a última volta do Greenbrier Classic, George McNeill telefonou para a sua família, em Fort Myyers, Florida, para saber como estavam as coisas com a sua irmã mais velha, Michelle, de 46 anos. As notícias não eram boas, disseram-lhe que era uma questão de minutos, horas, até ela falecer. Há dois anos que ela vinha combatendo um cancro da mama.
Sentindo-se impotente, McNeill desligou o seu telemóvel e começou a jogar a jornada decisiva no The Old White TPC, em White Sulphur, West Virginia. Concluiu os primeiros 9 buracos com 28 pancadas (-6), graças a uma série de quatro birdies e um hole-in-one em cinco buracos, entre o 4 e o 8.
O hole-in-one foi no 9, um par-3 de 201 metros. Utilizou um ferro 4. Nos últimos 9 buracos, manteve o cartão de jogo imaculado e ainda fez mais três birdies, incluindo no 16 e 17. Resultado final, um 61 que igualou a melhor marca do torneio e o colocava como líder na club-house.
Uma vez terminada a volta, foi ao seu cacifo nos balneários, pegou no telemóvel e ligou à sua mãe, Dorothy. Que lhe disse que Michelle falecera às 11h35, 20 minutos antes de ele bater o primeiro shot do dia. Nas duas horas seguintes, esteve sozinho com os seus pensamentos, enquanto aguardava que a volta se finalizasse. Viria a ocupar a segunda posição isolada, a dois shots de Angel Cabrera.
McNeill não soube explicar como foi possível jogar tão bem debaixo daquelas circunstâncias: “Não sei mesmo. Enquanto eu me debruçava sobre um putt, ela estava no meu pensamento. Talvez tivesse sido bom para mim ter outra coisa na cabeça. Eu sabia o que estava a fazer, estava consciente disso, mas não isso não era a primeira e mais importante coisa em que estava concentrado”.