Japonês de 29 anos torna-se uma lenda do seu país ao vencer Masters em Augusta National
Hideki Matsuyama tornou-se o primeiro japonês a conquistar uma prova do Grand Slam do golfe e o primeiro asiático a conquistar o Masters Tournament, o único major que se joga sempre no mesmo palco, o Augusta National Golf Club, em Augusta, na Georgia (EUA), onde a prova decorreu uma vez mais entre quinta-feira e domingo.
A primeira vez que o nipónico hoje com 29 anos jogou o Masters foi há exactamente 10 anos, em 2011, com 19, então ganhando honras de melhor amador, com uma terceira volta de 68 (-4) que contribuiu para que terminasse no top-30. Ora, agora deu-se o simbolismo de, 10 anos depois, uma década, conseguir vestir aquela que é uma das indumentárias mais apetecidas do desporto mundial, o “Green Jacket”, o casaco verde que distingue os campeões do Masters, que remonta a 1933 e vai já na sua 85.ª edição.
“Ter jogado no Masters fez-me querer regressar ano após ano, mas para fazer isso sabia que tinha de trabalhar mais. Todas as minhas sessões de treino tinham em mente esse objectivo”, disse.
Aquele terceira volta de 65 (-7) pancadas de Matsuyama no sábado, para um total de 205 (-11), guindou-o para o primeiro lugar e logo com 4 shots de vantagem sobre a concorrência directa, composta pelos americanos Xander Schauffele Will Zalatoris, o Justin Rose e o australiano Marc Leishman.
Jogando a jornada decisiva na parelha de honra com Schauffele, Matsuyama controlou sempre as operações e nem a série de bogey-bogey nos buracos 15 e 16, foram susceptíveis de atenuar o seu ímpeto vitorioso, sobretudo porque Schauffele, depois de uma série de 4 birdies consecutivose entre os 12 e o 15, fez um triplo bogey 6 no 16.
Matsuyama até se deu ao luxo de terminar com bogey para 73 (Par) para um total de 278 (-11), ganhando com uma pancada de vantagem sobre Will Zalatoris (volta final de 70, total de 279). Foi a sua sexta vitória no PGA Tour e a primeira desde o WGC-Bridgestone Invitational de 2017- Pelo triunfo facturou mais de 2 milhões de dólares e subiu de 25.º para 14.º no ranking mundial.
Incrível o jovem americano Zalatoris, de 24 anos, que em somente três provas jogadas no Grand Slam já registou um 6.º lugar no Open dos EUA de Setembro passado e agora o título de vice-campeão no Masters.
Jordan Spieth (campeão em 2015), vindo da vitória no último domingo no Valero Texas Open, a sua primeira desde o British Open de 2017, foi terceiro classificado com 281 (-7), empatado com Schauffele (72), confirmando mais uma vez, se preciso fosse, que será novamente um nome destaque daqui em diante, num segundo fôlego da sua ainda jovem carreira, ou não tivesse ele apenas 27 anos. Sai deste Masters com uma proeza: tornou-se o primeiro de sempre com birdie no buraco 10 em todas as voltas.
O espanhol Jon Rahm finalizou com 66 (-6), de longe a melhor volta do domingo (e a segunda desta edição sem bogeys, depois da de Matsuyama no sábado), subindo 16 posições para 5.º, empatado com Marc Leishman (73), ambos com 282 (-6).
Justin Rose (74) foi 7.º, com 283, seguido de Patrick Reed (69) edo canadiano Corey Conners (74), com 284 (-4). O australiano Cameron Smith (70) e Tony Finau completaram o top-10 com 285 (-3).