Amizade parece ter sobrevivido a tribunal mas não chegará para voltarem a jogar juntos na Ryder Cup
O capitão europeu Paul McGinley tem de pensar muito bem se irá juntar Rory McIlroy e Graeme McDowell na Ryder Cup. Mas as dúvidas de McGinley em emparceirar os dois norte-irlandeses em Gleneagles são suscitadas pelos resultados nas duas últimas edições da competição e não por causa do problema jurídico que envolve ambos.
Há mais de um ano, McIlroy entregou no tribunal uma acção judicial contra a Horizon Sports Management – empresa sedeada em Dublin que gere a carreira de McDowell. O número 1 mundial alega que o seu compatriota tem um contrato mais favorável quando lhe tinham sido prometido condições idênticas e os advogados de McIlroy já pediram esses documentos confidenciais relativos aos contratos de McDowell com a Horizon.
O processo deverá ser julgado em tribunal em Janeiro, mas o juiz do High Court, Brian McGovern, recomendou a mediação para a resolução do problema, pois algumas informações mais delicadas irão tornar-se públicas. “O caso é muito sensível pois envolve dois jogadores do circuito profissional, o manager de um e o ex-gestor ou agente do outro”, considerou McGovern.
No entanto, McDowell garante que o diferendo entre McIlroy e a Horizon não afectou a sua amizade e que não será um problema em Gleneagles. E até jantaram juntos no início deste mês. “Sim, têm sido tempos difíceis no último par de anos para mim e McIlroy, do lado dos negócios, porque ele está envolvido numa acção judicial com a minha empresa de gestão. Claro que isso coloca algum stress na nossa relação, mas ultrapassámos isso este ano; a nossa amizade ficou mais forte com esta experiência. Falámos sobre isso e adoraríamos renovar a nossa parceria outra vez”, afirmou McDowell.
McIlroy e McDowell jogaram juntos nos encontros de pares nas duas últimas edições da Ryder Cup (2010 em Celtic Manor, Gales; e em 2012 em Medinah, Chicago), com uma única excepção: há dois anos, McIlroy jogou ao lado de Ian Poulter em fourballs. Mas em seis matches juntos, os dois irlandeses só conseguiram duas vitórias e um empate.
“Há três ou quatro meses, tive uma forte convicção de que iriam ser parceiros. Mas quanto mais olho para as estatísticas deles e quanto mais olho para as diferentes valias que posso ter com eles, penso que será melhor não o fazer. Mas se não o fizer, não será certamente por causa de quaisquer problemas”, garantiu McGinley na conferência de imprensa de segunda-feira.
A Europa é considerada favorita nesta edição da Ryder Cup e McGinley nunca perdeu na Ryder Cup, seja na condição de vice-capitão ou de jogador.