Ex-número 1 mundial nos Jogos Olímpicos de 2016 pela Irlanda e não pela Grã-Bretanha
Rory McIlroy anunciou hoje que vai jogar os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, envergando as cores da Irlanda. A revelação foi feita durante a conferência de imprensa de lançamento do Open da Irlanda. Os jornalistas irlandeses presentes na sala irromperam em aplausos.
Natural da Irlanda do Norte, McIlroy era eligível para jogar pela Grã-Bretanha ou pela República da Irlanda. Uma escolha a que foi poupado enquanto golfista amador, porque no golfe, como no râguebi, os amadores da Irlanda do Norte jogam em união com os da República da Irlanda, sob a égide da Golfing Union of Ireland, Mas, tecnicamente, a Irlanda do Norte faz parte do Reino Unido, que inclui os países que constituem a Grã-Bretanha – Inglaterra, Escócia e Gales.
“Vejo isto como a continuação do que sempre fiz, no meu pensamento estiveram sempre todas as ocasiões em que joguei pela Irlanda”, justificou o jovem craque, de 25 anos, já com dois majors no currículo e com passagens pela posição de nº1 mundial num total de 39 semanas – actualmente é o 7º no ranking.
Há dois anos, quando lhe foi colocada a questão pela primeira vez, McIlroy mostrou-se inclinado para representar a Grã-Bretanha. “Sempre me senti mais britânico do que irlandês”, justificou então. O que gerou criticismo e pressão sobre o atleta, sobretudo porque, enquanto amador, ele fora apoiado pela Golfing Union of Ireland. Na altura, McIlroy retirou o que havia dito prometendo ir pensar no assunto.
Ao fim deste tempo todo, finalmente uma decisão. “Eu estava mais preocupado com o que as outras pessoas pensassem do que, sabem, comigo. Mas temos de fazer o que é melhor para nós. Eu estava a ver o Campeonato do Mundo [de futebol] e a pensar no Brasil daqui a dois anos. Fez-me pensar que devia avançar e tirar este assunto do caminho. Estou ansioso pelos Jogos Olímpicos”, explicou.