Melhor português joga quinta e sexta-feira com Darren Clarke no Portugal Masters
No Portugal Masters de 2014, Ricardo Melo Gouveia jogou a quarta e última volta com o irlandês Paul McGinley, que duas semanas antes capitaneara com êxito a selecção da Europa na Ryder Cup. Um ano depois, na nona edição do maior torneio do golfe nacional, cabe-lhe jogar as duas primeiras voltas com o novo capitão europeu na Ryder Cup (cuja próxima edição se realiza entre 27 de Setembro 2 de Outubro de 2016) , o norte-irlandês Darren Clarke, uma figura ainda mais histórica do golfe mundial, com 29 vitórias como profissional, uma delas no British Open de 2011, e cinco presenças como jogador da Ryder Cup, quatro delas vitoriosas.
O terceiro elemento do grupo é o espanhol Rafael Cabrera-Bello, actual 101.º no ranking mundial, e a partida começa pelas 13h20, do buraco 1 no Oceânico Victoria Golf Course, em Vilamoura.
“É sempre bom jogar com jogadores de alto gabarito, é sempre bom para ganhar experiência, mas, sabendo que vai estar ali o capitão na próxima Ryder Cup, que naturalmente presta grande atenção a todos os jogadores, não me posso deixar levar por esse facto, não posso deixar que afecte o meu jogo”, disse o melhor golfista português da actualidade (n.º 123 mundial e 2.º no Ranking do Challenge Tour 2015), hoje ao final da manhã em conferência de imprensa.
“Melinho” diz saber que se espera muito dele neste Portugal Masters. “Sei que as pessoas estão com expectativas altas em relação a mim. Mas vou jogar como faço no Challenge Tour, cingir-me aos meus objectivos, fazer as mesmas coisas. Não vou mudar nada e não vou esperar de mais de mim. Vou apenas jogar, desfrutar, e pode ser que os resultados apareçam até ao final da semana. Já sonhei meter o putt no 18 para ganhar, é normal, acho que todos os jogadores portugueses têm o sonho de ganhar este torneio, diante do seu público.”
Sobre o campo, refere que está “muito mais difícil este ano”, porque o rough está um “bocado mais alto”, sobretudo em redor dos fairways, mas também à volta dos greens. Ainda está um pouco molhado e mole, das chuvas do último fim-de-semana, o que pode ajudar um pouco os jogadores a fazer números baixos. Mas se não ficares nos fairways, vai ter dificuldade em consegui-los.”
Esta vai ser a quarta participação consecutiva de no Portugal Masters, sendo que nas duas primeiras, em 2012 (passou cut e finalizou em 60º) e 2013 (falhou cut), ainda era amador. O ano passado, numa edição que a chuva reduziu a duas voltas, foi 58.º.
A melhor classificação de um português no Portugal Masters é o 16.º lugar de Ricardo Santos em 2012. “Não é uma marca irrelevante, mas o meu foco não é ficar melhor do que o Ricardo Santos, mas sim tentar jogar o melhor possível e se possível sair daqui com a vitória”, conclui Melo Gouveia.