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Melo Gouveia sobe de 17.º para 5.º no Foshan Open
23/10/2015 11:49 RODRIGO CORDOEIRO
Sem estar a 100 por cento, Melo Gouveia está a fazer uma grande prova / © FILIPE GUERRA

Ainda afectado pelo jet lag, português faz grande exibição de 66 (-6) na China

Não está a ser fácil para os Melo Gouveia, Tomás e Ricardo, pai e filho, caddie e jogador, eliminarem as horas trocadas em Foshan, na província do sul da China de Guangdong, onde competem no Foshan Open, penúltima prova do ano no Challenge Tour, dotada com 500 mil dólares em prémios.

Ontem, quinta-feira, depois de Ricardo ter concluído a primeira volta com 70 pancadas (-2), eles foram cedo para a cama, por volta de 21h30 locais (2h30 da madrugada em Lisboa), mas à meia-noite estavam os dois acordados a tentar desesperadamente dormir qualquer coisa até às 5h30, porque Ricardo saía às 7h40 para a segunda volta na sexta-feira, hoje. “O jet lag para estes lados tem que se lhe diga, mas são ossos do ofício”, comentou Tomás. 

Não admira que Ricardo tenha demorado a apanhar o ritmo de jogo no campo de par 72 do Foshan Golf Club. Iniciando a sua prestação do 10, num grupo com o francês Thomas Linard e o chinês Tian Lang Guan, o português começou por comprometer fazendo dois bogeys (um com green a três putts, o outro falhando um ferro ao green e acabando dentro de água) nos três primeiros buracos (nos 11 e 12), mas a partir daí deu espectáculo, com 8 birdies nos restantes 15 buracos de jogo (nos 13, 16, 18, 2, 4, 5, 6 e 9), isto para um score de 66 – segunda melhor marca do dia, só superada pelo 65 do dinamarquês Joachim Hansen – que lhe permitiu descolar do lote dos 17.ºs classificados para 5.º posto isolado, com um total de 136 (-8). 

“Hoje o Ricardo já meteu mais putts, o que se nota no resultado, apesar de continuar a deixar alguns birdies no campo, mas nada a dizer, foi muito bom. A temperatura de manhã estava óptima e foi começando a subir vertiginosamente até acabarmos acompanhados da humidade normal que se faz sentir por aqui”, explicou Tomás Melo Gouveia. 

Ricardo está agora a 5 pancadas do líder, o espanhol Borja Virto Astudillo (131, 64-67). O sul-africano Haydn Porteous é segundo com 133 (65-68), e o francês Edouard Dubois (67-68) e Joachim Hansen (70-65) partilham o terceiro lugar com 135 (-9). 

O objectivo do português para os dois últimos torneios do ano no Challenge Tour é terminar a época como número um no respectivo ranking, intitulado Race to Oman –o último torneio, de 4 a 7 de Novembro, é o NBO Golf Classic Grand Final, no Sultanato de Omã. Ele ocupa a segunda posição na tabela e tem à sua frente apenas o francês Sebastien Gros, que no Foshan Open segue no grupo dos décimos, com 139 (72-67).

Filipe Lima, o outro português em prova no Foshan Open, fez 71 e subiu por sua vez 13 lugares para 45.º (empatado), depois do 73 do primeiro dia. O cut, para os 60 primeiros e empatados, ficou fixado em 145 e Lima somou 144. Seguem em frente para o fim-de-semana 61 dos 126 participantes iniciais.