A jogar com vertigens e tonturas, está na luta pela vitória no segundo major do ano
Na sexta-feira, no último buraco da sua segunda volta no Open dos EUA, Jason Day colapsou: caiu no chão e precisou de alguns minutos para se levantar; foi visto pelos médicos, que lhe diagnosticaram vertigo posicional benigno. Nesse dia, o australiano acabou a sua prestação com 70 pancadas, o que, aliado ao 68 da véspera, lhe permitiu ficar a três pancadas dos líderes, entre os oitavos classificados. O pior é que, nesta altura, ele não tinha a certeza de ser capaz de jogar no fim-de-semana, no par-70 do Chambers Bay Golf Club, em University Place, no estado de Washington.
Mas, no sábado, lá estava ele no tee 1, tendo como fellow competitor o norte-americano Kevin Kisner. Num campo que, dia após dia, está mais rápido e mais difícil, Day fez 7 pares e 2 bogeys nos primeiros 9 buracos. Depois, nos segundos 9, voltaram as vertigens e as tonturas, além de náusea. Quando virava a sua cabeça para o alvo, tinha de esperar que os seus olhos parassem de dançar antes de fazer o swing. Pensou três vezes em desistir. Mas foi também nesta fase do jogo que ele mais cresceu fazendo nada menos do que 5 birdies (contra 1 bogey), incluindo 3 nos últimos quatro buracos, para uma volta de 68 que lhe deu a co-liderança com os americanos Jordan Spieth (68-67-71) e Dustin Johnson (65-71-70) e o sul-africano Branden Grace (69-67-70), um quarteto que soma 206 pancadas, 4 abaixo do par.
“Foi a melhor volta a que já assisti”, disse Colin Swatton, o caddie de Jason Day, que lhe foi sussurrando palavras de encorajamento ao longo do terreno acidentado de Chambers Bay. “Eu disse-lhe, ‘Tens o coração de um leão. Vais mostrar hoje ao mundo que és o maior que consegues ser e parecer, vamos a isso.’ E simplesmente ele baixou a cabeça e continuou a andar, um passo à frente do outro. Foi muito impressionante”, acrescentou.
Esta é a quarta vez nos últimos cinco anos em que Jason Day, actual n.º 10 no ranking mundial, está na luta pela vitória no Open dos EUA, mas pela primeira na sua carreira vai jogar a última volta de um major no grupo de honra, em parelha com Dustin Johnson. No penúltimo grupo a sair estarão o n.º 2 mundial Jordan Spieth e Branden Grace, sendo que o primeiro parte em busca do seu segundo título consecutivo no Grand Slam, depois de ter vencido em Abril o Masters em Augusta National.
Na segunda volta do Open dos EUA, pertenceu ao sul-africano Louis Oosthuizen o melhor resultado do dia, com 66, o que lhe permite partilhar o quinto lugar com os americanos Cameron Smith (69) e J.B. Holmes (71) e com o irlandês Shane Lowry (70), todos com 209, a três shots dos primeiros. Patrick Reed, partilhava o comando com Jordan Spieth aos 36 buracos, caiu para o grupo dos 9.ºs ao fazer 76. E quanto ao número um mundial Rory McIlroy, segue nos 25.ºs, com 214 (72-72-70).