Nº1 mundial comanda para a última volta do US PGA Championship. Surpresa é o austríaco Bernd Wiesberger
Bernd Wiesberger está a ser a grande revelação do US PGA Championship, no Valhalla Golf Club, em Louisville, Kentucky. O austríaco, 70º no ranking mundial, foi o melhor na terceira volta (a par do norte-americano Hunter Mahan), com 65 pancadas, 6 abaixo do par-71. O que lhe deu a honra de, na condição de segundo classificado, emparelhar com o nº1 mundial Rory McIlroy – que manteve o comando isolado – na última partida deste domingo.
“Foi um sonho tornado realidade, jogar com Phil [Mickelson], um dos meus heróis”, disse Wiesberger, de 28 anos, e que este ano perdeu no play-off no Lyoness Open na sua cidade natal de Viena, numa prova que venceu em 2012. “Joguei lindamente hoje, não falhei muitos shots, sobretudo criei boas oportunidades nos últimos buracos. Estou muito orgulhoso pela forma como joguei.”
Wiesberger fazia parte do quintetos de 4ºs à partida para a volta de sábado, e reconhece: “É uma situação completamente nova para mim, apenas o meu segundo cut em seis majors, por isso, sou como que um rookie neste aspecto. Tenho batido bem os drives e se conseguir fazê-lo outra vez os meus nervos vão acalmar e vou divertir-me.”
Na frente está um impressionante Rory McIlroy, em busca da sua terceira vitória consecutiva e da segunda majors. Como Como liderara do princípio ao fim no British Open, em Julho, leva seis das últimas setes voltas em majors (prova do Grand Slam) no comando. Pelo meio venceu, domingo passado, o Bridgestone Invitational, seu primeiro título na série dos World Golf Championships, com isso destronando Adam Scott do topo do ranking mundial.
O jovem norte-irlandês, de apenas 25 anos, fechou a volta com birdie 4 no 18 para uma segunda volta consecutiva de 67 e para se voltar a isolar no comando com 13 abaixo. “Eles aproximaram-se bastante de mim no The Open e hoje eu fui capaz de responder no back nine”, disse McIlroy sobre a concorrência. “Não é a maior vantagem que já tive, mas ainda tenho o torneio sob controlo e ainda é uma boa posição para se estar.”
“Eu sabia que precisava de fazer um par de birdies no back nine para manter a liderança ou pelo menos para co-liderar. Os dois birdies no 15 e 17 foram enormes. Estou onde quero estar, é o melhor lugar para se estar num torneio. Não queria que fosse mais ninguém.”
Mas McIlroy e Wiesberger não são os únicos que impressionam. Veja-se o caso de Ricky Fowler, 18º mundial. Este ano foi quinto no Masters e segundo no US Open e no British Open, e agora parte para a última volta do US PGA Championship isolado em terceiro, com 11 abaixo, fruto de um terceiro dia com 67. Depois, um degrau abaixo de Fowler está o veterano Phil Mickelson, já com cinco majors no currículo, um deles neste mesmo torneio (em 2005).
Na quinta posição, com 9 abaixo, surge um quinteto de jogadores em que se destacam o sueco Henrik Stenson e o australiano Jason Day, respectivamente, números 4º e 9º no ranking mundial. O lote inclui ainda o finlandês Mikko Ilonen (54º mundial), o norte-americano Ryan Palmer (63º) e o sul-africano Louis Oosthuizen (56º), vencedor do British Open em 2010. O detentor do título, Jason Dufner, abandonou a prova a meio da primeira volta, lesionado nas costas.
Na véspera, Tiger Woods, vencedor em 1999, 2000, 2006 e 2007, falhara o cut com duas voltas de 74. Terminou novamente com problemas nas costas e a sua época no PGA Tour está encerrada, pois não conseguiu o apuramento para os play-offs da FedEx Cup. “Dei o meu melhor. Foi tudo o que consegui. Preciso de ficar mais forte fisicamente e de voltar ao ponto em que me encontrava antes”, disse o actual nº10 mundial.