Bicampeão amador passa cut no Portugal Masters, tal como Ricardo Melo Gouveia
O bicampeão nacional amador Tomás Silva fez hoje 23 anos e resolveu oferecer-se uma das melhores prendas que poderia receber: passar o cut no Portugal Masters, prova do European Tour dotada com 2 milhões de euros de prize-money.
No Oceânico Victoria Golf Course, em Vilamoura, o jogador do Clube de Golfe do Estoril acrescentou hoje um resultado de 68 pancadas (-3) ao 71 do primeiro dia e, com um total de 139 (-3), estará amanhã entre os 72 finalistas do torneio.
Dos oitos portugueses em prova, só mais Ricardo Melo Gouveia, o melhor golfista luso da actualidade, número 123 mundial e número 2 no ranking do Challenge Tour 2015, seguiu em frente, exactamente com os mesmos resultados de Tomás Silva.
Um e outro fazem parte do grupo dos 42.ºs classificados, a 11 pancadas do líder, o inglês Andy Sullivan, mas apenas a oito do segundo, o belga Thomas Pieters. Ainda faltam jogar 36 buracos e tudo pode acontecer. Eram 68.ºs no final da primeiro jornada, ontem.
Neste segundo dia, houve mais três portugueses que andaram dentro do cut, mas todos eles acusaram a pressão e foram-se abaixo nos últimos buracos: Ricardo Santos e Tiago Cruz falharam a qualificação por uma pancada e o amador Vítor Lopes por duas.
“Foi uma volta especial em dia de aniversário, sobretudo porque consegui passar o cut, que é uma prenda de aniversário justa. Trabalhei para conseguir passar o cut e amanhã cá estarei”, disse Tomás Silva.
“Senti-me muito confortável em campo, ao contrário de ontem", continuou. “Os shots ao green estiveram muito bem, só houve um buraco em que não tive oportunidade clara de birdie e nesse buraco acabei por fazer… birdie.” Nos seus 18 buracos, o estorilista marcou 6 birdies, 1 bogey e 1 duplo bogey (green a 3 putts, no 7, o seu 16.º buraco do dia visto que começou do 10).
Sobre a sua segunda participação consecutiva no Portugal Masters (o ano passado falhou o cut com duas voltas de 72), afirmou: “Estar aqui é uma aprendizagem para mim. Este não é o meu torneio. Sou amador e estou aqui porque a federação me deu a oportunidade de estar aqui. Aquilo que posso aprender é ver como os melhores da Europa e do mundo trabalham para conseguir chegar ao nível a que eles estão. É isso que procuro aqui neste torneio. Apenas isso.”
Quanto a Melo Gouveia, diz que hoje entrou “menos nervoso”, que se sentiu “muito melhor”: “Bati bem na bola, estava confiante com os ferros, meti muitas bolas perto do buraco, o que facilitou muito a nível do putting. Mesmo assim ainda fiz uns dois bogeys menos bons, mas isso acontece num campo com o rough tão difícil. O meu objectivo agora é subir no leaderboard. Tentar fazer o melhor possível no fim-de- semana. Se conseguir um top ten seria óptimo. Vai ser difícil, mas se continuar a jogar como estou a jogar, e se os putts entrarem, acho que vou conseguir esse objectivo.”
Incrível a forma como Ricardo Santos(69-73) falhou o cut por uma pancada, fazendo bogeys nos seus últimos três buracos de jogo, nos 16, 17 e 18. Tiago Cruz (71-71) também foi eliminado pela margem mínima depois de marcar quatro bogeys contra um 1 birdie no seu back nine. Terminaram ambos entre os 73.ºs classificados. Finalmente, o vice-campeão nacional Vítor Lopes (74-69) desperdiçou a sua oportunidade com dois bogeys nos seus dois últimos buracos de jogo (17 e 18), acabando nos 87.ºs.
João Carlota foi 101.º com 71-74, Filipe Lima 108.º com 78-68 e Pedro Figueiredo 125.º com 77-79.
Amanhã, numa terceira volta que arranca em shot gun pelas 8h. Ricardo Melo Gouveia começa do 9, num grupo com o inglês Andrew Johnston e o sueco Mikael Lundberg; E Tomás Silva sai do 7 com o inglês Sam Hutsby e o irlandês Damien McGrane.