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O elixir da juventude segundo Tiger Woods
03/12/2014 13:43 GOLFTATTOO
Tiger Woods em acção no PGA Championship em Agosto / © GETTY IMAGES

Novo swing baseia-se nos seus tempos de júnior, quando era franzino e gerava tremenda potência

Depois de uma paragem de mais de três meses, é grande a expectativa que rodeia o regresso do californiano Tiger Woods à competição, amanhã, no Hero World Challenge, no Isleworth Golf & Country Club, em Windermere, Florida (EUA). E parte desse interesse prende-se com o seu novo swing, agora que o antigo nº1 mundial – actualmente 24º no ranking – tem um novo treinador: Chris Como. 

Estas novas mudanças de swing não incluem uma grande reformulação, pelo menos não tão grande como as efectuadas sob a égide dos seus três anteriores treinadores – por esta ordem, Butch Harmon, Hank Haney e Sean Foley, que deixou de trabalhar com Woods em Agosto. E passam por ir beber ao movimento dos seus tempos de juventude. A busca incluiu tentar encontrar um gravador VHS, visto que muitos dos swings dessa altura estão em cassete.

“É novo, mas é velho” – foi assim que Woods, que fará 39 anos a 30 de Dezembro, descreveu o seu novo swing ontem, em conferência de imprensa de antevisão do Hero World Challenge. Vimos muitos vídeos de quando eu era júnior. Foi bastante interessante ver como o meu estava na altura e quanta força conseguia gerar com um corpo tão franzino. Como é que eu fazia? Como é que gerava tanta potência? É nisso que nos debruçamos.” 

E acrescentou: “É familiar, pelo que não me levou muito tempo a implementá-la [a mudança]. Embora não o faça há muito tempo, o meu corpo está a recordar. Não sinto que esteja a bater muito forte, mas [a bola] está a sair da face mais rápida. Essa parte é entusiasmante. Preciso apenas de bater mais bolas e fazer mais repetições, sobretudo debaixo de competição.” 

A última vez que Tiger Woods jogou foi para falhar o cut no PGA Championship com um duplo 74. Em sete torneios em 2014, falhou o cut ou desistiu por lesão em 4. O seu melhor resultado foi o 25º lugar, em Março, no Cadillac Championship, tendo o jogador falhado o apuramento para os play-offs da FedEx Cup Cup pela segunda vez em 3 anos. Mas ontem disse-se recuperado das maleitas físicas nas costas, que obrigaram a duas cirurgias nesta época. 

“O Pai Tempo é invencível. Todos acabamos por perder algumas das coisas que somos capazes de fazer quando éramos mais novos”, reconheceu, algo filosoficamente. “Já não consigo acompanhar alguns dos tipos mais compridos. Quando eu era mais novo, uma bola comprida estava no ar 265 metros. Era bem bom. Agora está no ar mais de 290m. É a nova norma. Alguns do que batem mais longe, como Bubba, Woody, Dustin, chegam quase aos 300m. Eu não tenho isso. Mas há outras maneiras de dar a volta a um campo de golfe, e eu penso que é aí que se torna agradável fazer parte de um desporto que podemos jogar por um período tão longo de tempo, e quenos  permite ganhar até uma idade avançada, porque não precisamos de dominar fisicamente mingiém. Não temos de derrotar ninguém fisicamente. Temos apenas de bater o campo de golfe.”

O Hero World Challenge, prova que remonta a 2000 e que Tiger Woods já venceu em cinco ocasiões, a última em 2011, conta com um prize-money de 3,5 milhões de dólares a distribuir por um field de luxo de 18 jogadores. Na edição passada, Zach Johnson sagrou-se campeão ao bater… Tiger no play-off

Em prova estarão seis jogadores do top 10 mundial: Henrik Stenson (2º), Bubba Watson (4º), Justin Rose (6º), Jason Day (8º), Rickie Fowler (9º) e Matt Kuchar (10º). Tiger Woods joga a primeira volta em parelha com Jason Day.