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“O golfe às vezes prega-nos rasteiras”
11/10/2014 18:11 Rodrigo Cordoeiro
Ricardo Santos falhou cut no Portugal Masters pelo segundo ano seguido / © D.R.

Ricardo Santos falhou cut no Portugal Masters após duplo bogey no 18 do Oceânico Victoria

Ricardo Santos estava a fazer uma segunda volta imaculada no Portugal Masters, depois de a ter iniciado no grupo dos 74ºs com 71 pancadas (par) na primeira volta. Ao fim de 17 buracos marcava 13 pares e 4 birdies e, com 4 abaixo do par, estava confortavelmente instalado dentro do cut

Mas eis que a prova foi interrompida pelas 12h40, e quando recomeçou, às 15h, o golfista algarvio bateu fez um pull no shot de saída no 18 e a bola foi parar à água. Teve de dropar com penalização e, como se não bastasse, ainda precisou de três putts no green, para duplo bogey 6 e um score de 69. 

Com um total de 140, falhou assim o cut por uma mera pancada. Inglório para quem jogava em casa e no seu home course, e que além disso precisava de uma boa classificação para pelo menos aumentar as suas hipóteses de manter o cartão do European Tour para a época 2014-2015. 

Santos ocupa a 111ª posição na Race to Dubai, quando só os 110 primeiros mantêm o cartão para próxima temporada. Para conseguir ficar dentro, restam-lhe agora dois torneios: o Open de Hong Kong, já a partir de quinta-feira; e o Perth International, na Austrália, na semana seguinte. 

“Quero tentar esquecer o mais rapidamente possível este erro [a saída no 18], e pensar nas duas próximas semanas, levantar a cabeça e esperar que as coisas corram bem. Realmente esotu a passar um momento… O jogo não está mau, mas há sempre um erro ou outro que prejudica as minha voltas”, comentou, visivelmente decepcionado. 

Questionado sobre se a paragem de mais de duras horas no jogo o teria prejudicado, Santos – que é o detentor da melhor marca de sempre de um português no Portugal Masters, 16º em 2012 – respondeu que nunca se saberá o que aconteceria se a volta tivesse seguido o seu curso normal. 

“Há um pouco falta de confiança da minha parte, mas também um pouco de nervosismo devido à situação em que me encontro”, continua. “Há que saber lidar com essa pressão, e dar a volta por cima. Eu hoje não fui capaz, realmente nunca esperei dar aquele tee shot, porque até me sentia bem e confortável, no campo não dei nenhum bola parecida àquela, foram todas perfeitas, ou um pouco à direita, nenhuma delas saiu à esquerda como no 18. Mas é assim, este jogo por vezes prega-nos umas rasteiras e ficamos sem perceber realmente porque é que as coisas acontecem, mas acontecem e temos de aceitá-las.”