Louis Oosthuizen lidera British Open depois de ter sido vice-campeão nos dois torneios antecedentes do Grand Slam
Coube a Louis Oosthuizen jogar as duas primeiras voltas do 149.º The Open Championship, (ou British Open, como também é conhecido), no campo de Royal St. George’s Golf Club, num grupo com o detentor do título, o irlandês Shane Lowry, e o campeão recente do Open dos EUA e n.º 2 mundial, o espanhol Jon Rahm.
No primeiro dia do quarto e último major do ano, esta quinta-feira, o sul-africano de 38 anos – campeão em 2010, no Old Course de St. Andrews, Escócia – brilhou a grande altura com o resultado de 64 pancadas, 6 abaixo do Par 70. Por contraste, os seus fellow competitors estiveram abaixo do que se esperava deles, marcando ambos 71 (+1).
Oosthuizen (13.º no ranking mundial) e companhia saíram perto das 10 horas da manhã, e quando aquele terminou estava sozinho no topo da classificação, seguido pelos norte-americanos Jordan Spieth – campeão em 2017 – e Brian Harman.
O último grupo do dia – com o sueco Rikard Karlberg, o japonês Ryutaro Nagano e o inglês Nicholas Poppleton – saiu pelas 16h14 e só terminará já perto das 21h, mas adivinhou-se desde logo que aquelas 64 (-6) seriam inalcançáveis.
Vice-campeão nos dois torneios antecedentes do Grand Slam – PGA Championship e Open dos EUA –, Oosthuizen começa a tornar-se um nome habitual na frente entre as provas do Grand Slam de 2021. Aliás, isso nem é um novidade: ao longo da sua carreira, já foi seis vezes segundo classificado em majors. No entanto, aquela vitória de há 12 anos, em St. Andrews, foi a única que obteve até hoje.
O sul-africano fez uma primeira volta imaculada, com 6 birdies e o resto pares. Quando lhe perguntaram o que tinha corrido bem, respondeu: “Tudo. Começando a volta com bastante vento, um resultado de -1 ou -2 seria positivo, teria ficado imediatamente com ele. ‘Drivei’ bem; consegui bons voos com os meus ferros, ajuizando bem as distâncias; e estive bem nos greens, pelo que tudo resultou. Foi simplesmente uma boa série de golfe.”
Questionado sobre que lições tirara do PGA Championship e do Open dos EUA para este The Open, disse: “Confiança, saber que ainda tenho hipóteses nos majors. Neste campo é preciso ser paciente, mas com todos os majors que já joguei, sei que tudo pode acontecer, até nos últimos 3 buracos. Ainda há muito jogo pela frente.”
Quanto aos segundos classificados provisórios, Jordan Spieth também deu um sinal para um eventual bis no British Open. Depois de 1 bogey 4 no buraco 3, fez uma série de 4 birdies consecutivos entre os 5 e o 8, e mais 2 nos 15 e 16.
Antigo n.º 1 mundial (hoje 23.º), já com 3 majors no palmarés, Spieth fez a travessia do deserto desde que venceu o The Open em 2017, em Royal Birkdale. Um jejum de vitórias que foi interrompido este ano com a conquista do Valero Texas Open. Um eventual triunfo em Royal St. George’s viria carregado de simbolismo.
Brian Harman, um dos raros ambidextros do PGA Tour, retirou dividendos do seu back nine, percorrendo os últimos 9 buracos (Par 35) em 31 (-4), com 5 birdies e 1 bogey. Natural de Savanah, na Georgia, Harman tem como único top-10 em majors o 2.º lugar empatado no Open dos EUA, empatado com Hideki Matsuyama, só atrás do campeão Brooks Koepka.
No grupo dos quartos classificados, com 66 (-4), encontram-se o canadiano Mackenzie Hughes, o sul-africano Dylan Frittelli, o francês Benjamin Hebert e os norte-americanos Webb Simpson e Stewart Cink, campeão em 2009, em Turnberry.
Colin Morikawa, o n.º 4 mundial, assinalou 67 (-3) e segue no grupo dos 9ºs. O n.º 1 mundial Dustin Johnson fez 68 (-2). Brooks Koepka (n.º 7) marcou 69 (-1).
Já Bryson DeChambeau, a jogar o primeiro torneio com o seu novo caddie, Brian Zeigler, treinador do Dallas National Golf Club, onde o jogador, que é residente em Dallas, joga e treina, entregou um cartão de 71 (+1). DeChambeau separou do seu caddie de sempre como profissional, Tim Tucker