Retirou participação no Arnold Palmer Invitational devido a lesão no pescoço
Tiger Woods não jogará esta semana (de quinta-feira a domingo) no Arnold Palmer Invitational (API), no Bay Hill Club & Lodge, em Orlando, Flórida, um torneio que venceu por oito vezes. O norte-americano de 43 anos anunciou segunda-feira à tarde, via Twitter, a sua retirada do torneio, justificando-a com um problema no pescoço.
“Infelizmente, devido a uma distensão no pescoço já de algumas semanas, sou forçada a desistir do API", escreveu Woods. "Estou a receber tratamento, mas não melhorei o suficiente para jogar. A minha parte inferior das costas está bem, e não tenho preocupações de longo prazo, e espero estar pronto para o The Players.”
E conclui: “Gostaria de enviar os meus lamentos para a família Palmer e os fãs de Orlando. A sua conexão com Arnold faz dele um dos meus torneios favoritos e estou desapontado por não estar presente.”
Woods lidou com uma lesão semelhante em Julho do ano passado no Open Championship, aparecendo para a sua primeira volta com uma fita adesiva que auxilia o tratamento de lesões traumáticas de nervos e músculos. Não foi um grande problema, pois lutou pela vitória antes de terminar em 6.º.
Desde que regressou da sua quarta cirurgia às costas por ocasião do Hero World Challenge de 2017, Woods não sofreu nenhum revés grave. O ano passado quebrou um jejum de cinco anos sem vitórias (Tour Championship em Atlanta) e este ano jogou três provas com as seguintes marcas: 20.º no Farmers Insurance Open (San Diego), 15.º no Genesis Open (Los Angeles), ambos na Califórnia; e 10.º no Mexico Championship (Cidade do México).
Resta saber se o problema no pescoço é preocupante. Especialistas consultados pela Golf Digest dizem que não – mesmo que esteja indiretamente ligado às lesões nas costas que descarrilaram temporariamente a carreira de Woods.
“Eu não acho que seja algo de grave”, diz Ara Suppiah, médico de vários jogadores do PGA Tour. “Eu diria que provavelmente é um problema muscular e aqui está o porquê: numa coluna com vértebras unidades [Woods foi alvo de fusão espinhal], partes diferentes do corpo de repente têm de compensar essa falta de mobilidade, e essas compensações podem levar a problemas noutros outros lugares. E uma questão de pescoço é um problema real para um golfista. A cabeça fica parada por boa parte do swing, mas não por toda. E quando tem de se mover, qualquer dor ou desconforto pode realmente afectar o swing de golfe.”
Woods, actual 12.º mundial, falha assim o API pela quinta vez nos últimos seis anos. O ano passado fez uma carga no último dia antes de um fora-de-limites no 15 anular as suas hipóteses de alcançar a nona vitória. Viria a terminar em 5.º empatado com Ryan Palmer, numa edição ganha por Rory McIlroy.
Espera-se, portanto, que esteja apto para regressar no The Players Championship, no TPC Sawgrass, em Ponte Vedra Beach, Florida. Uma prova que venceu em 2001 e 2013. Com Webb Simpson a defender o título.