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“One Man Show”
18/10/2015 15:27 RODRIGO CORDOEIRO
Os pais de Andy Sullivan correram para ele na celebração no buraco 18 / © GETTY IMAGES

Inglês Andy Sullivan é o mais categórico vencedor de sempre no Portugal Masters

Nunca houve dúvidas quanto ao vencedor do Portugal Masters, no Oceânico Victoria Golf Course, em Vilamoura. Andy Sullivan iniciou a última volta a liderar com 5 pancadas de vantagem sobre o espanhol Eduardo de la Riva e nunca deixou que a concorrência se aproximasse muito, fosse porque os seus mais próximos adversários não estivessem muito inspirados, fosse porque ele próprio voltou a exibir-se ao mais alto nível, finalizando com uma volta de 66 pancadas (-5), apenas superada pelo 64 do inglês Richard Bland e pelos 65 do alemão Bernhard Ritthammer e do francês Romain Wattel. 

Acabou por ganhar com uma vantagem final de 9 shots (!) sobre o segundo classificado, o seu compatriota Chris Wood, estabelecendo assim a maior diferença de um campeão do Portugal Masters em relação ao seu mais directo adversário e pulverizando a anterior melhor marca neste capítulo, que eram as três pancadas de vantagem do francês Alexander Levy na edição de 2014, neste caso sobre o belgas Nicolas Colsaerts, e numa edição reduzida a duas voltas. 

Depois, somou 23 abaixo do par, ficando apenas a duas pancadas do recorde no agregado dos 72 buracos, que pertence ao também inglês Steve Webster desde a primeira edição do torneio, em 2007, numa altura em que o campo era de par-72 e não de par-71, como é hoje. 

Sullivan, de 28 anos, que conquistou assim o seu terceiro título do ano no European Tour depois de ter vencido duas vezes na África do Sul, tornou-se ainda o quinto inglês a vencer o Portugal Masters em nove edições, sucedendo a Steve Webster (2007), Lee Westwood (2009), Tom Lewis (2011) e David Lynn (2013). Os ingleses foram aliás dominadores colocando três jogadores nos três primeiros lugares – atrás de Sullivan e de Wood, aparece Anthony Wall, empatado no terceiro lugar com o sul-africano Trevor Fisher e com Eduardo de La Riva. 

 “Absolutamente incrível, ainda mais por ter liderado do primeiro ao último dia”, disse. “E começar a última volta a liderar com uma vantagem tão grande é algo por que nunca tinha passado. È muito mais difícil do que parece, estou certo. Não podemos abrandar. Nunca me senti relaxado, só quando bati o segundo shot no 18. O golfe é um jogo engraçado. Nunca sabemos o que pode acontecer. Foi incrível partilhar esta vitória com a minha família e amigos, nunca esquecerei esta semana”, regozijou-se o inglês, que teve a acompanhá-lo os seus pais e cerca de 20 amigos do seu home club, o Nuneaton Golf Club, em Warickshire. 

A vitória valeu-lhe um prémio de 333.330 euros e vai permitir-lhe entrar no primeiros 45 do ranking mundial, ele que antes do Portugal Masters era 66.º na tabela. Na Race to Dubai subiu de 26-º para 15.º, com um total de 1,2 milhões de euros de prémios arrecadados em 2015. 

Quanto aos dois portugueses que passaram o cut, Ricardo Melo Gouveia encerrou em beleza, com um 68 que lhe permitiu subir oito lugares para 31.º, empatado com o sul-africano Jaco Van Zyl, o indiano Jee Milkha Singh e o francês Benjamin Hebert, todos com um total de 5 abaixo do par, arrecadando um prémio de €15.800. 

E o bicampeão nacional amador Tomás Silva fechou com 75 para descer 20 lugares, acabando empatado em 68.º com o inglês Paul Dunne, ambos com um total agregado de 3 acima do par.