Ricardo Santos e Filipe Lima estão entre os favoritos no Morgado Golf Resort
Um recorde de 18 portugueses vai competir a partir de quinta-feira na 57.ª edição do Open de Portugal @ Morgado Golf Resort, o único torneio português do Challenge Tour, de 200 mil euros em prémios monetários, que amanhã (quarta-feira) arranca em Portimão com o sempre desejado Pro-Am, a partir das 7h30.
O anterior recorde pertencia ao Open de Portugal de 2010, na Penha Longa, então um torneio do European Tour, que contou com 15 portugueses, e, no ano passado, já no Morgado Golf Course, integrado no Challenge Tour, houve entrada para 13 golfistas nacionais.
«Fizemos um esforço suplementar para este ano darmos ainda mais oportunidades aos jogadores portugueses», explicou José Correia, o presidente da PGA de Portugal, uma das entidades organizadoras do Open, a par da Federação Portuguesa de Golfe e do Grupo Nau Hotels, proprietário do campo.
Ricardo Santos e Filipe Lima fazem parte do lote de favoritos ao título de um torneio que nunca conheceu um campeão português. Como se refere no programa oficial do torneio, 2019 marca a primeira vez que dois portugueses vencem torneios do Challenge Tour numa mesma época. Já tinha acontecido um mesmo jogador vencer dois títulos num ano, mas não dois campeões nacionais.
«Quero dar-me a hipótese de poder estar a discutir o título. Claro que este título tem, obviamente, um carinho muito especial», disse Ricardo Santos, que venceu este ano no Swiss Challenge, na Suíça, e ocupa o 4.º lugar na Corrida para Maiorca, o ranking da segunda divisão europeia.
«A vitória dá confiança e a verdade é que neste jogo a maneira como vemos o campo é sempre diferente. Mostrei outra vez – e não estava à espera disso – que posso ganhar de novo e, por isso, é verdade que agora tenho o pensamento mais na vitória. Todos sabemos que o golfe é uma modalidade em que não podem fazer-se planos. Como sempre, vou tentar fazer o melhor e atingir os meus sonhos. E um desses sonhos é ganhar o Open de Portugal. Por isso vou lá com confiança e espero poder dar prazer ao público em Portugal», afiançou Filipe Lima, que se impôs no Vierumaki Finnish Challenge, na Finlândia, e é o 11.º no ranking do Challenge Tour.
No ano passado ambos passaram o cut (tal como Tiago Cruz, Pedro Figueiredo, Vítor Lopes, João Carlota e Tomás Silva) mas foi Filipe Lima quem brilhou mais, ao terminar vice-campeão, a melhor classificação de sempre de um português no Open de Portugal, quebrando o recorde que ele próprio tinha estabelecido como 3.º em 2005 no Oitavos Dunes, em Cascais.
Ter Ricardo Santos no top-5 do Challenge Tour e Filipe Lima às portas do top-10 (onde já figurou algumas semanas) é importante porque no final da época os 15 primeiros classificados são promovidos ao European Tour, a primeira divisão europeia, onde militam na presente temporada dois portugueses, Pedro Figueiredo e Ricardo Melo Gouveia.
Se Ricardo Santos e Filipe Lima entraram na lista de inscritos graças à boa classificação que detêm no ranking, os restantes 16 portugueses necessitaram de convites da organização: os amadores Daniel da Costa Rodrigues e Pedro Silva, e os profissionais Tomás Silva, Tomás Bessa, Tomás Melo Gouveia, Tiago Rodrigues, João Ramos, Tiago Cruz, Miguel Gaspar, Vítor Lopes, João Carlota, Alexandre Abreu, João Magalhães, Hugo Santos, Francisco Oliveira e Nathan Brader. Note-se que Daniel Rodrigues é o campeão nacional amador e Tomás Silva o campeão nacional de profissionais.
É ainda importante salientar que esta semana estão no Morgado Golf Course 12 dos 16 jogadores que este ano já ganharam torneios do Challenge Tour e 11 dos 15 primeiros da Corrida para Maiorca. Um luxo!