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Oporto volta a receber Solverde Campeonato Nacional PGA
14/11/2018 08:55 HUGO RIBEIRO/PGA DE PORTUGAL
Susana Ribeiro e Ricardo Santos, campeões nacionais de 2016 © Ramiro de Jesus / PGA de Portugal

Ricardo Santos procura reeditar título de 2016, Susana Ribeiro um inédito “tetra”

Ricardo Santos e Susana Ribeiro são as grandes figuras do Solverde Campeonato Nacional PGA, o torneio sancionado pela Federação Portuguesa de Golfe e organizado pela PGA de Portugal, pelo quarto ano consecutivo no Oporto Golf Club, em Espinho, de 15 a 17 de novembro, distribuindo 13 mil euros em prémios monetários. 

O Solverde Campeonato Nacional PGA compreende três competições distintas: o evento masculino de três voltas de 18 buracos, o feminino de duas voltas e o de veteranos (seniores) também em duas voltas. 

No domingo, o mais antigo clube de golfe de Portugal e um dos mais antigos da Europa recebe o Mateus Rosé Pro-Am, num dia em que os praticantes amadores são convidados pelos patrocinadores, pelo clube e pela organização para jogarem ao lado dos melhores portugueses, no sistema de stableford net com três quartos de handicap (2 Ball / Better Ball.) 

O algarvio Ricardo Santos, de 36 anos, que joga pelo Guardian Bom Sucesso Golf, sagrou-se campeão nacional em 2011 no Ribagolfe e em 2016 neste mesmo Oporto Golf Club. 

Susana Ribeiro, de 28 anos, que representa o Skip Golfe, venceu as três edições anteriores do Campeonato Nacional em Espinho, bem perto do seu clube de Miramar, e procura um inédito “tetra”. 

São nomes enormes da história do golfe nacional. Santos é um dos únicos três jogadores portugueses a ter conquistado um título do European Tour e é o único a ter andado classificado no top-10 da Corrida para o Dubai, o ranking da primeira divisão europeia. 

Susana Ribeiro tem vários recordes nacionais, amadores e profissionais, e é uma das duas únicas portuguesas a ter conseguido terminar no top-10 em torneios do Ladies European Tour Access Series, a segunda divisão europeia. 

A concorrência será, no entanto, dura e a grande novidade será a estreia de Leonor Bessa enquanto profissional. Na semana passada foi ainda como amadora que a jogadora do Club de Golf de Miramar se qualificou para a Final da Escola de Qualificação do European Tour. Poucos dias depois tornou-se profissional, ela que este ano ainda se sagrou bicampeã nacional amadora. 

Em 2016 Leonor Bessa jogou pela primeira vez este Solverde Campeonato Nacional PGA e até foi a melhor jogadora em prova, com 6 pancadas acima do Par, mas o título de campeã nacional de profissionais foi atribuído a Susana Ribeiro, que ficou a 10 pancadas da sua amiga e rival. 

Sendo amadora, Leonor Bessa não podia ficar com o título. Note-se que nesse ano Susana Ribeiro jogou doente e este quase a desistir da prova. Desta feita a rivalidade entre ambas será ainda maior, tendo em conta que Leonor Bessa, de 20 anos, já surge como profissional. 

“Será uma boa competição para preparar a Final da Escola de Qualificação do Ladies European Tour, mas é claro que a expectativa é sempre jogar para ganhar”, disse Leonor Bessa. 

“Claro que vou encará-lo da mesma forma dos últimos anos e espero estar à altura de voltar a defender o título. Mas, sinceramente, se tivesse de escolher onde jogar pior, nas três semanas que tenho pela frente, escolheria esta semana, porque as outras implicam maior responsabilidade. Um bom resultado no Open de Espanha ou na Escola de Qualificação são bastante mais importantes. Mas vou encará-lo da mesma forma, vou dar o meu melhor como sempre e vou jogar para defender o título”, declarou Susana Ribeiro. 

No torneio masculino Ricardo Santos é a grande figura da prova, pelo seu rico palmarés, mas não pode ser apontado como o principal favorito. 

Olhando para a lista de inscritos veem-se outros três jogadores que já venceram o Campeonato Nacional: o seu irmão mais velho Hugo Santos, Tiago Cruz em 2014 e 2015 (este último já em Espinho), e Gonçalo Pinto, este numa situação semelhante à de Leonor Bessa, ou seja, Gonçalo Pinto foi o melhor em prova mas não recebeu o título por ser então ainda amador. 

E entre os favoritos é imperativo nomear João Carlota, que adora jogar em Espinho e sagrou-se ali vice-campeão nacional, tanto em 2017 como em 2015 (empatado com Ricardo Melo Gouveia). 

Note-se que tanto Tiago Cruz como João Carlota estão em boa forma e passaram há uma semana a Segunda Fase da Escola de Qualificação do European Tour, em Espanha. Infelizmente, ambos falharam hoje o cut dos 72 buracos na Escola e por isso decidiram inscrever-se imediatamente neste Solverde Campeonato Nacional PGA, Cruz em perseguição de um terceiro título e Carlota de um primeiro. 

Ambos estiveram em destaque este ano em circuitos internacionais. Cruz foi 4.º classificado no Open de Portugal @ Morgado Golf Resort, do Challenge Tour (segunda divisão europeia), enquanto Carlota foi 3.º no Obidos International Open, do Alps Golf Tour (terceira divisão). 

Há ainda uma nova leva de profissionais que há pouco tempo eram ainda amadores e que surgem com boas hipóteses de sagrarem-se pela primeira vez campeões nacionais de profissionais, casos de Tomás Melo Gouveia, Tomás Silva, Vítor Lopes, Tiago Rodrigues, Miguel Gaspar e Tomás Bessa, todos habituados a competirem em circuitos internacionais. 

Jogadores como João Ramos, Rui Morris, Nelson Cavalheiro e Sérgio Ribeiro também já mostraram que são capazes de dias de golfe de excelente qualidade e podem incomodar os favoritos. 

Como todos os anos, há um contingente de amadores, sobretudo jovens, com ambições a mostrarem-se diante dos profissionais e nessa categoria sobressaem os nomes de Kiko Matos Coelho, João Pedro Maganinho, Pedro Almeida e José Maria Cunha. 

Merece ainda uma especial menção a presença de uma forte digressão de profissionais da Região Autónoma da Madeira, com João Pedro Sousa, Andrew Oliveira, Luís Franco e Edgar Rodrigues. Nathan Brader (há muito residente em Portugal), Robert Menzies e Tomás Ballesteros dão, por outro loado, um sabor internacional ao evento. 

No torneio de seniores despontam dois antigos campeões nacionais neste escalão etário, Joaquim Sequeira e José Dias, mas atenção ao profissional da casa, Eduardo Maganinho, que conhece o campo como ninguém. 

O ex-selecionador nacional, Sebastião Gil, o mediático Miguel Nunes Pedro e os históricos João Couto e Vasco Espírito Santo completam o ramalhete que conta ainda com o amador Fernando Serpa. 

O ano de 2018 está a ser histórico para o golfe português. Ricardo Melo Gouveia (vice-campeão nacional em 2015) manteve-se no European Tour e para o ano vai ter a companhia de Pedro Figueiredo (campeão nacional em 2013), que terminou a temporada no top-15 do Challenge Tour. Ambos começam já a competir no Open de Hong Kong, têm de viajar no dia 18 para a China e viram-se impossibilitados de jogar o Solverde Campeonato Nacional PGA em 2018. 

Também Filipe Lima (o campeão nacional de 2017) viu-se forçado a não defender o título por uma boa razão, já que hoje mesmo passou o cut na Final da Escola de Qualificação do European Tour, em Espanha, onde ocupa o 33.º lugar, com 10 abaixo do Par. O ainda campeão nacional necessita de subir ao top-25 nos próximos dois dias para poder fazer companhia a Ricardo melo Gouveia e Pedro Figueiredo no European Tour em 2019. 

Uma ausência por uma boa razão. Daí a satisfação de José Correia, o presidente da PGA de Portugal. 

“O golfe profissional português tem tido uma evolução enorme nestes últimos anos. Estamos a atravessar um momento de clara ascensão, com resultados desportivos de enorme relevo, e muito se deve ao apoio dos nossos parceiros, neste caso em particular da Solverde, Mateus Rosé e também da Federação Portuguesa de Golfe”, considerou. 

“Uma vez mais, o Solverde Campeonato Nacional da PGA de Portugal conta com uma lista de jogadores recheada de qualidade. Irão viver-se grandes momentos no Oporto Golf Club, que encontra-se em excelentes condições. Sentimos os atletas muitíssimo motivados e com muita vontade de lutar pelo prestigiante título de campeão nacional”, acrescentou. 

“Aproveito para convidar todos a marcarem presença no Oporto Golf Club, entre 15 e 18 novembro, com entrada livre”, concluiu José Correia, que dirige a PGA de Portugal desde 2011 e também integra a Direção da Federação Portuguesa de Golfe.