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Os nossos embaixadores em missão na Austrália
23/11/2016 09:29 RODRIGO CORDOEIRO
Os jogadores na cerimónia de abertura do torneio / © FB do torneio

Depois dos Jogos Olímpicos, Melo Gouveia e Lima representam Portugal na Taça do Mundo

É uma boa parada de estrelas, a que vai de desfilar (aliás, que já desfila) de quinta-feira a domingo no Kingston Health Golf Club, em Melbourne, Austrália. O evento em questão é o ISPS Handa World Cup, a antiga e prestigiada Canada Cup, prova de nações por pares que se joga desde 1953 e que já teve entre os seus campeões nomes como Ben Hogan, Arnold Palmer, Jack Nicklaus, Tiger Woods, Nick Faldo, Bernhard Langer e Severiano Ballesteros

Está será a sua 58.ª edição, mas a primeira desde 2013, quando Adam Scott e Jason Day, a jogarem em casa, deram o título à Austrália no Royal Melbourne, e Portugal foi 17.º com Ricardo Santos e Filipe Lima. 

Este ano mantém-se Lima, que acaba de assegurar nova promoção ao European Tour pelo Challenge Tour, e entra Ricardo Melo Gouveia, que se pode dizer que é já uma das grandes estrelas do desporto nacional, vindo de acabar no Dubai uma primeira época notável no principal circuito europeu. 

São os mesmos que já haviam representado o país em Agosto no regresso do golfe aos Jogos Olímpicos, e certamente que no seu fundo há uma vontade de “desforra” pelo que aconteceu no Rio de Janeiro, em que, entre 60 jogadores, Lima foi 48.º e Melo Gouveia 59.º. 

E quem não acredita que vai ser melhor, dado o bom momento de forma de ambos? Superar o máximo português no torneio, que é o 13.º lugar de Ricardo Santos/Tiago Cruz em 2008, seria claramente positivo e há valor para isso, mas a concorrência é forte.

Ricardo e Filipe juntos já na Austrália 

O regulamento dita que os 28 jogadores melhor classificados de cada país no ranking mundial apuram-se para a Taça do Mundo, cabendo-lhes depois escolher depois o seu parceiro para a prova. E foi um dia depois de ter terminado a sua participação nos Jogos Olímpicos que Melo Gouveia ficou a saber que o 134.º posto que ocupava no ranking mundial (actualmente é 125.º) o tornara no 24.º apurado directamente para a World Cup of Golf. 

O field de 56 jogadores é dividido em equipas de dois que vão competir em 72 buracos de stroke play. A primeira e a terceira voltas são em foursomes (pancadas alternadas), a segunda e a quarta em fourball (à melhor bola). Em jogo estão 8 milhões de dólares (7,4 milhões de euros), e só para o team campeão vão mais de $2milhões.

Na última edição, em 2013, tinha havido a inovação de se dar mais relevo à classificação individual: o leaderboard coletivo foi o somatório dos resultados dos dois jogadores, que raramente atuaram em conjunto. O retorno aos foursomes e fourball reforça o espírito de equipa e o sentido de confronto entre seleções nacionais. 

A dupla portuguesa inicia a sua prestação pelas 10h50 locais (21h50 de hoje em Lisboa), numa quadrada com os irmãos venezuelanos Jhonnatan e Julio Vegas.

Adam Scott está presente para defender o título, mas desta vez ao lado de Marc Leishman. Os Estados Unidos, com o recorde de 24 vitórias (seguem-se Austrália e África do Sul com 5 e Espanha com 4), jogam com Rickie Fowler e Jimmy Walker, dois jogadores da respectiva equipa na última Ryder Cup.

A dupla inglesa também é composta por jogadores da última Ryder Cup, Andy Sullivan e Chris Wood, e igualmente fortes são a Suécia, com Alex Noren e David Lingmerth; a Bélgica, com Thomas Pieters e Nicolas Colsaerts; o Japão, com Hideki Matsuyama e Ryo Ishikawa; a Tailândia, com Thongchai Jaidee e Kiradech Aphibarnrat; e a irlanda com Shane Lowry e Graeme McDowell; Dinamarca com Soren Kjeldsen e Thorbjorn Olesen; a China, com Wu Ashin e Haotong Li; e Espanha, com Rafa Cabrera-Bello e Jon Rahm.

Os restantes países são a Áustria, Canadá, Taiwan, França, Alemanha, Índia, Itália, Coreia do Sul, Malásia, Holanda, Nova Zelândia, Filipinas, Escócia, África do Sul e País de Gales

A Taça do Mundo jogou-se 57 vezes em 25 países e a Austrália será o palco pela quinta vez, mas anteriormente fora sempre em Royal Melbourne. Trata-se, portanto, de uma estreia para Kingston Heath, que já recebeu o Open da Austrália masculino (1948, 1957, 1970, 1983, 1989, 1995, 2000) e feminino (2008), bem como o Australian Masters (2009, 2012).