AcyMailing Module

Pro
> Home / Artigos
Patrick Reed vence Masters com nervos de aço
09/04/2018 09:02 RODRIGO CORDOEIRO
Patrick Reed com o troféu, devidamente vestido com o tradicional "Green Jacket" © PGA TOUR

Texano de 27 anos aguentou carga de Spieth e Fowler para conquistar primeiro major

Patrick Reed não conseguiu qualquer top-10 nos primeiros 15 torneios do Grand Slam que jogou, desde a sua estreia no Masters de 2014, mas as coisas mudaram nos útimos tempos. Depois do 2.º lugar no último major de 2017, o US PGA Championship (ganho pelo norte-americano Justin Thomas, actual n.º 2 mundial), o texano de 27 anos venceu neste domingo o Masters Tournament em grande estilo, aguentando a carga dos seus também jovens compatriotas Jordan Spieth e Rickie Fowler, de 24 e 29 anos, respectivamente.

Mas Reed não era um jogador qualquer. Ocupava a 24.ª posição no ranking mundial (acaba de subir para 11.º na tabela) e já tinha conquistado um torneio da série World Golf Championships (WGC), o Cadillac Championship de 2014, que era uma das cinco vitórias que somava já no PGA Tour, a última no The Barclays, dos play-offs da FedEx Cup. Também representara a selecção dos Estados Unidos frente à Europa nas últimas duas edições da Ryder Cup, em 2014 (derrota) e 2016 (vitória).

"É quase impossível colocar em palavras o momento em que fiz o par no último buraco vendo a bola entrar no buraco e saber que ganhei o meu primeiro major", disse Reed antes de ser apresentado ao seu Casaco Verde, na Butler Cabin. "Um dos meus grandes objetivos este ano não era apenas competir em majors, mas também voltar ao círculo dos vencedores. Fazer isso logo no primeiro major e acabar com aquela seca, isso significou muito para mim."

Foi uma última volta electrizante no Par 72 de Augusta National, mas no fim foi Patrick Reed que prevaleceu. O duelo entre ele e Rory McIlroy— os dois primeiros na classificação à partida para a jornada de domingo, separados por três pancadas e com vantagem para o texano – nunca se materializou depois de alguns golpes mútuos nos primeiros buracos, dando lugar a um final muito mais aberto do que se esperava. 

Jordan Spieth, campeão em 2015, aqueceu as coisas com uma brilhante recuperação, mas um bogey no 18 deu a Reed algum espaço para respirar. Rickie Fowler, por sua vez, acrescentou pressão com birdie a fechar a sua prestação para ficar a uma pancada de Reed, mas este nunca tremeu, fazendo um birdie no 14 e mais quatro pares até ao fim e encerrando com a vitória num dos Masters mais aguardados de sempre. 

Líder desde o segundo dia, Patrick Reed entregou um cartão final com seu pior score da semana, 71 pancadas (nas três voltas prévias marcara 69-66-67), para, com um total de 273 (-15), ganhar com a vantagem mínima sobre Fowler, autor de quatro birdies nos últimos sete buracos para um 67 final e para obter aqui o seu terceiro segundo lugar em provas do Grand Slam. 

Spieth foi terceiro com 275 (-13) depois de um 64 que ficou a um shot de igualar o recorde da melhor volta no torneio. Impressionante o seu registo no Masters: em cinco participações, soma um primeiro lugar (2015), dois segundos (2014 e 2016) e um terceiro (2018). O espanhol Jon Rahm (69) foi quarto com 277, mas desceu de 3.º para 4.º no ranking mundial, por troca com Spieth.

Quanto a McIlroy, com 74 a fechar, perdeu mais uma oportunidade para completar o Grand Slam de carreira, partilhando o quinto lugar com o sueco Henrik Stenson e o norte-americano Bubba Watson, vencedor em 2012 e 2014, ambos com 279 (-9). O n.º 1 mundial Dustin Johnson foi 10.º empatado com Tony Finau, com 281 (-7).

Tiger Woods jogou o seu primeiro Masters desde 2015 e acabou nos 32.º com 289 (+1).