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Regresso desastroso mas com sorriso no final
05/12/2014 10:01 GOLFTATTOO
Tiger Woods aguarda para bater o approach no 12 / © GETTY IMAGES

Tiger Woods no último lugar com volta inaugural de 77 no Hero World Challenge

O Isleworth Golf & Country Club, em Windermere, Florida, é o home course de Tiger Woods, um campo que conhece e domina como poucos outros – já lá fez um 59 em volta de treino. Foi por isso tanto mais surpreendente que tenha precisado de 77 pancadas – 5 acima do par-72 – para concluir a primeira volta do Hero World Challenge, no seu regresso à competição após uma ausência de quase quatro meses. 

Até que ponto foi mau? Bem, está em 18º e último lugar, quatro shots acima do segundo pior resultado do dia – Billy Horschel e Patrick Reed fizeram 73. E 11 pancadas separam-no do líder, Jordan Spieth, que, recém-sagrado campeão do Open da Austrália, volta a evidenciar-se ao mais alto nível. Mas, mais surpreendente ainda, foi o facto de Woods ter concluído a volta a sorrir. Será que há um novo Tiger, menos tenso, mais caloroso, numa tentativa de mudar a imagem transmitida na entrevista fictícia e satírica, que tanto o indignou, criada por Dan Jenkins na Golf Digest? 

“Hoje foi estranho – não senti que tenha batido mal. O jogo curto foi péssimo, e também não consegui meter nada”, disse Woods, que começou logo por bater o primeiro shot out-of-bounds virando depois os primeiros 9 buracos com 41, fruto de três bogeys e um duplo bogey 6. Nos segundos 9 recompôs-se e concluiu-os em par (1 bogey, 1 birdie). Em termos gerais, embora não tenha estado mal do tee ao green, o seu chipping foi de principiante. Acertou 8 dos 14 fairways e 11 greens em regulation

“É certamente surpreendente que eu tenha batido chips tão pobres. Foram fracassados”, reconheceu o californiano, que precisou de três chips (!) para chegar ao green no 13. “Senti-me confortável em muitos chips em sítios apertados enquanto jogava voltas de treino esta semana. Mas quando ficou mais granulado, não fui tão bom como precisava de ser.” 

De qualquer maneira, e se calhar foi esse o motivo para sorrir no fim, mostrou-se contente por ter jogado sem limitações físicas. “É muito entusiasmante poder chegar ali e bater os drives que bati, sobretudo no back nine. Estou a lançar e não sinto nada”, congratulou-se Woods, que já venceu este Hero World Challenge – de que é anfitrião – em cinco ocasiões, a última em 2011, e que na edição passada perdeu no play-off para Zach Johnson. 

Zach Johnson começou bem a defesa do título, partilhando o segundo lugar com o nº2 mundial Henrik Stenson, com Rickie Fowler e com Steve Stricker, todos com 67 pancadas, a uma das 66 de Jordan Spieth, que fechou o Open da Austrália, domingo último, com um brilhante 63. Hideki Matsuyama, Graeme McDowell e Jimmy Walker são sextos com 68.