Sobe a 43.º no Le Golf National e está empatado com ex-números 1 Westwood e Donald
Ricardo Melo Gouveia (RMG) subiu hoje 19 posições no Open de França, saltou para o 43º lugar, empatado com mais 15 jogadores, entre os quais os dois antigos n.º1 mundiais Lee Westwood e Luke Donald, e passou o seu quarto cut consecutivo, igualando a sua melhor marca de sempre em torneios do European Tour.
O representante do Team Portugal, que “vibrou” na noite passada com o sucesso da seleção nacional de futebol em Marselha, comunicando a sua alegria através das redes sociais, estava extremamente concentrado na manhã de hoje, nos arredores de Paris, para a segunda volta ao percurso l'Albatros, do Le Golf National.
«Mais um dia difícil, com o vento a soprar logo de manhã e o campo sem margem para erros», comentou RMG na sua conta profissional no Facebook.
O seu pai, Tomás, que foi a França vê-lo jogar, está encantado com o campo: «É conhecido como “The Beast” e para perceber isso, nada melhor que vê-lo “in loco”. Um grande campo, que antevê uma Ryder Cup em 2018 de luxo. O cut subiu para +3, o que atesta do seu grau de dificuldade».
O n.º1 português, 101º europeu e 133º mundial passou essa fronteira à vontade, com 2 pancadas acima do Par, depois de voltas de 73 e 71, sendo notória a melhoria de rendimento.
Se ontem só converteu 1 birdie, no último buraco, hoje concretizou 4 birdies e 1 eagle! Claro que também sofreu 3 bogeys e 1 triplo-bogey, mas a motivação é evidente.
«Joguei muito bem, apenas com um buraco menos bom, mas estive bem e consegui recuperar. As condições não estiveram fáceis, com o vento a soprar, mas apesar disto, consegui apresentar um resultado de Par do campo», analisou no final da jornada.
O buraco menos bom foi o 2 (o seu 11º), um Par-3 de 192 metros. «O único buraco em que falhou os shots de saída para a água, mas meteu 1 putt de 5 metros para fazer o triplo-bogey. Após este buraco, como é o seu costume, não virou a cara à luta e fez ainda mais 3 birdies e 2 bogeys», explicou o seu pai ao Gabinete de Imprensa da FPG e ao site especializado “Golftattoo”.
Não há dúvida que meter um putt de 5 metros depois do desastre inicial revelou cabeça fria, mas a magia já tinha sido anteriormente espalhada no buraco 13 (o seu quarto buraco do dia), um Par-4 de 379 metros, onde arrancou um eagle que nos foi relatado por Tomás: «Saída de drive sobre o lado direito do fairway, perfeito para atacar a bandeira que estava sobre o lado esquerdo do green. Seguiu-se o wedge um pouco para a direita da bandeira (15 centímetros), a bola rolou e entrou».
A jogar melhor, o profissional do Guardian Bom Sucesso Golf passou o seu quarto cut seguido na primeira divisão europeia, algo que só tinha conseguido no início da época, entre novembro e janeiro.
E como está a apenas 5 pancadas do top-10, com duas voltas pela frente, pode ainda estabelecer como objetivo um dos quatro lugares em jogo para o British Open.
O Open de France é o primeiro torneio do European Tour na Europa continental a celebrar um centenário e este ano distribui 3,5 milhões de euros em prémios monetários.
Dado o recente conflito entre o European Tour e o PGA Tour, nada melhor para as cores europeias do que ver o mediático Rory McIlroy (71+66) assumir hoje o comando, partilhando-o com Mikko Ilonen (69+68), Thongchai Jaidee (67+70), Brandon Stone (69+68) e Jeunghun Wang (71+66), com um agregado de 137 (-5).
E se não fosse a pancada de saída de McIlroy ter ido parar à água no último buraco, o ex-n.º1 mundial e atual 4º estaria agora isolado na frente.
O sul-africano Stone e o finlandês Ilonen estão na luta pela qualificação para Royal Troon. O norte-irlandês McIlroy, o tailandês Jaidee e o sul-croeano Wang já estão garantidos no terceiro Major do ano.