Precisa de ficar nos primeiros lugares do Portugal Masters para manter cartão do Tour
Depois de oito semanas consecutivas a competir no estrangeiro, em provas do European Tour e do Challenge Tour, Ricardo Santos regressou ao seu país natal e não foi para descansar. O algarvio começa amanhã a competir no 9.º Portugal Masters no seu home course – o Oceânico Victoria Golf Course, em Vilamoura, onde reside.
Pertence-lhe a melhor classificação de sempre de um jogador da casa no torneio – o 16.º lugar em 2012; e ele foi também aquele que mais fez sonhar os portugueses no evento, quando em 2010 iniciou a última volta no sexto lugar, a cinco pancadas do líder e apenas a duas dos segundos; no entanto, o algarvio fecharia então com um 77 que o relegaria para 48º.
“Jogar aqui é para mim uma mais-valia, uma motivação adicional”, refere Santos, de 32 anos. "É verdade que não venho de resultados positivos [falhou o cut nos últimos três torneios, na Alemanha, Itália e Irlanda], mas tenho-me sentido bem com o meu jogo do tee ao green e no putting há semanas positivas e outras menos positivas – espero que esta seja uma semana mais positiva, nuns greens que conheço bem e onde já tive alguns momentos de glória. Espero que esses factores se juntem para poder ter uma semana em grande.”
Em relação ao eventual desgaste de tantas semanas seguidas a competir, afirmou: “É verdade que fisicamente sinto-me bastante bem, já mentalmente talvez esteja mais cansado do que deveria. Mas é para isso que estamos aqui, para lutar contra a nossa mente.”
O estado do campo? “Nas melhores condições de sempre”, assevera.
Ocupando atualmente o 180.º posto na Race to Dubai do European Tour, Santos sabe que tem de terminar nos primeiros lugares da prova para poder manter o cartão do European Tour no próximo ano. Caso contrário, este será o seu último torneio do ano no principal circuito europeu. “Estou a preocupar-me apenas em manter-me calmo e focado no meu jogo”, diz. “Poderá ser uma boa semana. Sei que tenho jogo para ter uma grande semana aqui. Conheço o campo bastante bem. Por isso, quem sabe…”