N.º1 mundial abre cordões à bolsa para pagar à agência que geria a sua carreira desportiva
E chegou ao fim a batalha legal entre Rory McIlroy e a Horizon Sports Management. Rumores de um entendimento já tinham surgido na terça-feira, na sequência de uma primeira sessão de julgamento em Dublin que seria adiada para quarta-feira, a pedido dos advogados. Negociações privadas entre ambas as partes decorreram durante o resto do dia, com Rory a abandonar o complexo de Four Courts apenas pelas 21h, sem fazer comentários. Ontem, quarta-feira, foi emitido um comunicado conjunto: “A disputa legal entre Rory McIlroy e a Horizon Sports Management foi resolvida para satisfação de ambas as partes, que se desejam mutuamente o melhor para o futuro. As partes não farão mais comentários.”
Os números variam quanto à verba que McIlroy terá de pagar à sua antiga empresa de gestão de carreira. Há órgãos de comunicação, como a BBC, que falam em 20 milhões de dólares. O Irish Times avança com $25 a $30 milhões. Isto sem falar nos custos do processo, nomeadamente nos honorários milionários dos advogados. Rory e Horizon tinham tentado, sem sucesso, chegar a um acordo antes do julgamento, e as negociações só avançaram, anteontem, depois de o juíz ter expressado preocupação na divulgação pública dos registos financeiros do jogador.
Rory liberta-se assim de um julgamento que poderia durar até oito semanas. Na semana passada, na véspera do início do Omega Dubai Desert, que o próprio venceu no domingo, ele definira todo o processo judicial como “entendiante e desagradável”. O grande objectivo do jogador para a primeira parte da época de 2015 é vencer, em Abril, o Masters de Augusta National, que é o único major que lhe falta no currículo. Os únicos golfistas que venceram os quatro torneios do Grand Slam moderno são Gene Sarazen, Ben Hogan, Gary Player, Jack Nicklaus e Tiger Woods.
Um breve resumo do processo: o golfista norte-irlandês juntou-se à Horizon Sports Management em 2011, mas saiu em Maio de 2013 para iniciar sua própria empresa de gestão. Pouco depois, McIlroy processou a Horizon e o seu principal agente, Connor Ridge, em 6,8 milhões de dólares, alegando que os termos do seu acordo não foram tão benéficos como os oferecidos ao compatriota Graeme McDowell, igualmente cliente da empresa de gestão de carreiras desportivas.
O acordo dava o direito à Horizon Sports Management a uma comissão de 20% sobre todos os rendimentos “fora do campo” recebidos por McIlroy. O golfista afirmava que as comissões excessivas resultavam num contrato injusto e que um atleta da estatura de McIlroy não deveria ter que pagar mais do que 7% para um agente, como resultado de ganhos em contratos publicitários. O golfista norte-irlandês alega ainda no seu processo que a Horizon aproveitou-se da sua juventude e da falta de aconselhamento jurídico no seu primeiro acordo.
A Horizon contrapôs com um processo em que reclamava $20 milhões em comissões em dívida e quebra de contrato.
Ontem, McIlroy já não compareceu no tribunal e viajou para os Estados Unidos. Mas Connor Ridge sim, esteve presente para a leitura do anúncio do acordo, e no fim foi beijado e abraçado por apoiantes que se encontravam na audiência.
