Turismo de Portugal arrefece eventual nova candidatura lusa à organização do maior evento do golfe
Na semana passada a Ryder Cup Europe anunciou que sete países expressaram o seu interesse em candidatar-se ao direito de receber a Ryder Cup de 2022, e uma dessas nações, a par da Áustria, Alemanha, Dinamarca, Espanha, Itália e Turquia, é Portugal, via Federação Portuguesa de Golfe (FPG).
Miguel Franco de Sousa, secretário-geral da FPG, que integrou a Comissão Executiva no processo de candidatura à Ryder Cup de 2018, ganha pela França, explicou na altura que, neste momento, trata-se, efetivamente, de uma mera declaração de intenções.
A FPG precisa de saber se o Governo português está disponível para apoiar de forma inequívoca um evento desta dimensão e depois encontrar um parceiro privado para poder então apresentar a candidatura em Fevereiro de 2015.
Mas ontem, na cerimónia de apresentação do 8º Portugal Masters, no hotel Tivoli Lisboa, o presidente do Turismo de Portugal (principal patrocinador do torneio), João Cotrim de Figueiredo, veio pôr alguma água na fervura quanto a uma eventual corrida de Portugal à organização da Ryder Cup de 2022.
“É muito cedo para dizer, não sei os contornos que assumiria uma candidatura à Ryder Cup”, disse à comunicação social. “É obviamente a competição-rainha do golfe mundial. A edição deste ano terá lugar daqui a 15 dias em Gleneagles e será mais uma vez uma manifestação enorme de pujança do golfe mundial, mas creio que os valores que podem estar envolvidos, e o tipo de aproveitamento prolongado que possamos tirar da Ryder Cup, possam ser exactamente os mesmos que estamos a retirar do Portugal Masters. Portanto não me vou adiantar em relação a isso.”
João Cotrim de Figueiredo afirmou ainda, a propósito da retirada de patrocínios públicos a alguns eventos desportivos nacionais: “O Portugal Masters, como alguns outros eventos que patrocinamos - já não são muitos, de facto -, tem características que o distinguem dos outros cuja opção tem sido não patrocinar. Desde logo o facto de se dirigir a um produto estratégico para o turismo português, que é o golfe, depois porque transmite uma série de valores que são importantes para além da modalidade propriamente dita. Também porque está em crescendo de repercussão em termos nacionais e, finalmente, porque tem um retorno relativamente ao investimento que é feito que transcende em muito aquilo que outros eventos têm demonstrado. Nesse sentido estamos particularmente satisfeitos em manter este apoio e em continuar associados a um evento como Portugal Masters.”