Melo Gouveia e Lima jogam com estrelas na 3.ª volta nos Jogos Olímpicos
Este sábado vai ser especial para o golfe nacional, em especial para Ricardo Melo Gouveia e Filipe Lima, os dois atletas portugueses presentes no regresso do golfe aos Jogos Olímpicos após uma ausência de 112 anos… Tanto um como outro jogam em grupos dos mais fortes em que já estiveram integrados nas suas carreiras, no par-71 do Rio Olympic Course, na Barra da Tijuca.
Melo Gouveia sai pelas 13h47 de Lisboa com o espanhol Sergio Garcia e o norte-americano Patrick Reed, respectivamente números 11 e 14 no ranking mundial. Lima sai 11 minutos mais tarde com o n.º 6 mundial Bubba Watson, dos EUA, vencedor do Masters de Augusta National em 2012 e 2014, e com o tailandês Kiradech Aphibarnrat, 60.º mundial.
Arredondando um pouco as coisas pode dizer-se que os dois portugueses estão no primeiro terço da tabela entre os 60 participantes, decorrida a primeira metade da prova (não há cut). Lima repetiu nesta sexta-feira o 70 do primeiro dia e, com um total de 140 (-2), desceu dos 17.ºs para os 18.ºs, empatado com… Aphibarnrat (71-69) e Watson (73-67).
Grande exibição de Ricardo Melo Gouveia, 25 anos, 131.º mundial. Foram 68 pancadas, marca superada apenas por 7 jogadores na segunda volta, sendo que o melhor do dia foi o neo-zelandês Danny Lee com 65. Foi uma melhoria de 5 shots em relação à véspera (73), proporcionando-lhe uma subida 20 lugares na tabela para os 22.ºs.
Somando 141 (-1), Melo Gouveia está empatado com Garcia (69-72), Reed (72-69), o irlandês Padraig Harrington (70-71), o dinamarquês Soren Kjeldsen (73-68), o austríaco Bernd Wiesberger (74-67), o inglês Danny Willett (71-70) e o alemão Martin Kaymer (69-72), outros grandes nomes grandes do golfe mundial.
O momento alto volta de Melo Gouveia foi quando fez um eagle 2 no buraco 16, um par-4 curto, com 265 metros, que ele concluiu em duas pancadas depois de ter batido um drive que deixou a bola a pouco mais de 2 metros da bandeira. Fez mais 3 birdies e 2 bogeys.
No 18, um par-5, o último buraco do campo, teve de chamar os árbitros porque teve a sensação de que a bola se mexeu quando ele já estava posicionado para batê-la, o que, a confirmar-se, lhe custaria uma penalização, mas o felizmente jogador acabaria por sair ileso deste caso. Pena não ter metido antes o putt para birdie que teve, mas a verdade é que ele tem tido dificuldades nos greens e só por isso não está melhor posicionado.
Filipe Lima (405.º mundial), de 34 anos, tal como no primeiro dia, começou e acabou a volta com birdies, no 1 e no 18. Pelo meio, mais 3 birdies e 4 bogeys. O momento alto da sua volta foi quando fez um bunker-in no buraco 8 (par-3), metendo a bola à segunda no “caneco” a partir da areia.
Filipe Lima / © COP
Na frente continua o australiano Marcus Fraser, 90.º no ranking mundial, depois de acrescentar um score de 69 ao 63 do primeiro, para um total de 132 (-10). Já se sabia que seria para ele difícil igualar o exibição do primeiro dia, e com efeito ele piorou 6 pancadas no seu resultado, mas continua intocável no topo da tabela.
No entanto, se ontem tinha 3 de vantagem sobre os seus mais directos adversários, no final segunda volta ficou com a margem mínima sobre o belga Thomas Pieters (67-66) e com duas sobre o sueco Henrik Stenson(66-68), o jogador mais cotado em prova, n.º 5 mundial.
São estes os três jogadores que provisoriamente têm as medalhas, no quarto lugar surgem o francês Gregory Bourdy (67-69) e o inglês Justin Rose (67-69),com 136. Danny Lee (72-65), o argentino Fabian Gomez (70-67), espanhol Rafa Cabrera-Bello (67-70), Graham Delaet (66-71), são sextos com 137.