Ricardo Melo Gouveia foi o melhor português no terceiro dia do Portugal Masters subindo 16 posições para os 40.ºs
Nos torneios de golfe, o terceiro e penúltimo dia é conhecido como o moving day. Quer dizer que, entre os finalistas do fim-de-semana, quem quiser terminar entre os lugares lá de cima, terá de fazer uma mexida para se posicionar. Não a conseguiram, ontem, os três portugueses que passaram o cut no 14.º Portugal Masters, prova do European Tour de um milhão de euros que decorre no Dom Pedro Victoria Golf Course.
Claro que, com uma boa exibição a fechar neste domingo, Ricardo Melo Gouveia, Ricardo Santos e Tomás Bessa ainda podem dar saltos significativos numa classificação compacta, em que os 11 primeiros, com o sul-africano George Coetzee à cabeça, estão separados por quatro pancadas.
Muito bem, ainda assim, Melo Gouveia (5.º em 2017 e 7.º em 2018), tendo registado uma subida de 16 posições ao marcar hoje as suas segundas 69 pancadas (2 abaixo do Par) da prova, pelo meio um 72 (+1), para um total de 210 (-3).
O atleta olímpico passou a ser, assim, o melhor português em prova, mas também é preciso salientar que, como saiu hoje mais cedo, só começou a apanhar o vento mais forte nos dois últimos buracos, enquanto Santos e Bessa estiveram mais de metade da volta sob ventania.
Oito pancadas separam-no do novo líder, Coetzee, que soma 202 (66-70-66). O francês Julien Guerrier, anterior comandante, é agora 2.º, com 203 (62-66-75), tantas como o japonês Masahiro (67-71-65). O inglês Laurie Canter (64-72-68) e o sueco Niclas Lemke (70-69-65) são 4.ºs, com 204 (-9).
Lemke, Masahiro e o americano John Catlin, que no último domingo venceu o Andaluzia Masters, todos com 65, foram os melhores do dia. Já o melhor resultado (61) desta edição continua a pertencer ao inglês Liam Johsnton, que está no trio dos 6.ºs com 205 (-8).
«Desde que vim aqui a primeira vez que gostei de jogar neste campo”, disse Coetzee. “Acho que a estratégia é bem simples. Não é preciso pensar demasiado e basta jogar o campo como ele foi desenhado para tal. Já tive uma boa dose de sorte neste campo ao longo dos anos.”
Está em boa forma o sul-africano de 34 anos. Com efeito, ganhou no Domingo passado um torneio do Sunshine Tour no seu país e hoje terminou com eagle-birdie, quase fazendo um albatroz no buraco 17.
Com Ricardo Santos – o melhor português no ranking mundial – deu-se o inverso de Melo Gouveia, ou seja, caiu dos 40.ºs para os 56.ºs, ao registar o seu primeiro resultado acima do Par, com 72 (+1). Tinha feito 69-71 nos dois primeiros dias e tem agora um agregado de 212 (-1).
O campeão nacional de profissionais Tomás Bessa, que havia sido o melhor português no primeiro e segundo dias e o único com duas voltas abaixo do Par (68-70), fez hoje 75 (+4), caindo dos 26.ºs para 65.º empatado com o espanhol Pablo Larrazabal, entre os 70 finalistas (eram 132 jogadores à partida).
O cabeça de cartaz, o inglês Tommy Fleetwood, parte para a jornada decisiva nos 12.ºs, com 207 (68-71-68).