Primeira volta do Open da Madeira incompleta mas com portugueses em evidência
Adiada por um dia devido a ventos fortes, a primeira volta do Madeira Islands Open-Portugal-BPI, começou hoje, sim, mas apenas pelas 9h40, ou seja, com 1h50 de atraso, o que impediu a sua conclusão. Embora as bolas tivessem deixado de se mexer sozinhas nos greens, o vento continuou a soprar com intensidade no Clube de Golfe do Santo da Serra (concelho do Machico), dificultando a tarefa aos jogadores. O dinamarquês Joachim Hansen, de 24 anos, 586.º no ranking mundial, é o líder na club house, com 68 pancadas (4 abaixo do par-72), e os portugueses Tiago Cruz (71) e Ricardo Santos (72) também estiveram à altura o desafio.
Quando a prova foi interrompida pelas 18h, devido a chuva torrencial e greens alagados, metade dos 146 jogadores ainda estavam em campo, cabendo-lhes fechar a primeira jornada amanhã de manhã, para logo de seguida se iniciar a segunda. O leaderboard provisório apresenta-se muito compacto, com os 37 primeiros classificados separados por apenas três shots. Dos que já terminaram a primeira volta, apenas 11 apresentaram resultados abaixo do par, entre eles Tiago Cruz. Há outro português, Filipe Lima, que soma 1 abaixo do par, mas ainda lhe faltam nove buracos para finalizar.
O inglês Andrew Marshall e os franceses Adrien Saddier e Jean-Baptiste Gonnet, todos com 68, partilham o segundo lugar; o sueco Jens Fahrbring é 7.º, com 70; e no 22.º lugar, com 71, surge Cruz acompanhado pelo sul-africano Brandon Stone, o australiano Jason Scrivener, o sueco Johan Edfors, o alemão Sean Einhaus e o inglês Marcus Armitage, recente vencedor da ordem de mérito do Algarve Pro Golf Tour. Ricardo Santos, campeão na edição de 2012, está um degrau abaixo, no lote dos 38.ºs, após uma exibição consistente, com 16 pares, um birdie e um bogey. Já o indiano S.S.P Chawrasia, o jogador mais cotado em prova (178.º mundial), marcou 73.
“Em alguns buracos com vento a favor, desequilibrava-me para a frente no final do swing”, ilustrou Tiago Cruz, o campeão nacional de profissionais em 2014. O jogador estorilense, de 32 anos, chegou a estar com 3 abaixo do par concluída a primeira metade do campo, com birdies nos buracos 3, 8 e 9, mas viria a fazer bogeys nos 10, 12 e 16, antes de encerrar a sua prestação com outro birdie, no 18. “Infelizmente, cometi três erros que deram bogey, mas, nestas condições, é sempre positivo acabar abaixo do par. Está tudo em aberto”, disse.
O cut, para os 65 primeiros e empatados após duas voltas, está fixado em 1 acima do par, havendo mais dois portugueses, além de Cruz, Lima e Santos, que estão provisoriamente dentro do limite do apuramento: Pedro Figueiredo e Gonçalo Pinto, ambos com +1, o primeiro com 11 buracos jogados, o segundo apenas com 5. Estão entre os 56.ºs.
De resto, o jovem amador Tomás Bessa, do Clube de Golf de Miramar, fez um bom 74 na sua estreia na alta-roda europeia, sendo 79.º classificado, tal como como o madeirense João Pedro Sousa, que segue com +2 com 5 buracos; João Carlota marcou 75 e está entre os 103.ºs; Ricardo Melo Gouveia, o melhor português no ranking mundial (444.º), segue com 4 acima após 10 buracos; e o madeirense Carlos Laranja é 137.º, com 79.